Viaturas da Polícia Civil de Alagoas
Na manhã desta quinta-feira (11), a Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) deflagrou uma operação afim de desarticular um grupo criminoso que aplicava golpes em cidades de Alagoas, Espírito Santo e Minas Gerais. Segundo a PC, os indivíduos se passavam por servidores públicos, enganando as vítimas, e conseguiram faturar mais de R$ 10 milhões em um ano e meio. Até o momento, seis pessoas foram presas.
A ação foi realizada em Alagoas e nos estados de Espirito Santo e Minas Gerais. Sete mandados de busca domiciliar e seis de prisão foram cumpridos nos municípios de Serra (ES), Vila Velha (ES) e Teófilo Otoni (MG). Ainda durante a operação, foram apreendidos veículos, aparelhos celulares, documentos e computadores.
Crimes praticados
De acordo com o responsável pelas investigações, delegado José Carlos, os criminosos envolvidos no esquema obtinham, de forma ilegal, dados de idosos das forças armadas e se passavam por funcionários de associações de pecúlio para assim obter dinheiro das vítimas.
Idosos eram ludibriados e acreditavam que tinham valores a receber da extinta Capemi e pagavam aos envolvidos no golpe quantias de honorários ou taxas.
“Após o primeiro pagamento, outros envolvidos faziam novos contatos para fazer o que o grupo chamava de repique: criar novos embaraços para obter mais dinheiro. Somente de duas vítimas de Alagoas os envolvidos lucraram mais de um milhão e 300 mil reais. Além da prática de estelionato contra idosos, o grupo chegava a praticar extorsão em alguns casos”, disse o delegado.
O delegado José Carlos disse ainda que um homem, identificado como chefe da quadrilha, casou-se na última segunda-feira, a cerimônia contou com a presença de uma limusine (automóvel de grande porte e luxuoso). “Nós acompanhamos a cerimônia que foi transmitida pelo Instagram. Ficamos muito preocupados dele sair em lua de mel e não ser encontrado. Hoje nós achamos até a nota fiscal das alianças, que custou R$ 17.500, e apreendemos a aliança da noiva”, concluiu ele.
A operação foi chamada de “imitatore” porque os envolvidos imitavam vozes para enganar as vítimas.
