A 23ª edição da Operação Curupira somou mais de R$ 150 mil de multas pelas infrações encontradas. A ação aconteceu com o apoio do Instituto do Meio Ambiental de Alagoas (IMA/AL), sob a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre os dias 16 a 22 de setembro. As equipes envolvidas resgataram 235 aves, em áreas dos municípios de Murici, Messias, Flexeiras, Joaquim Gomes, Novo Lino, Branquinha, União dos Palmares e São José da Lage.
Dentre as espécies de animais resgatados estavam Galo de Campina, Papa Capim, Sanhaço, Sabiá Laranjeira, Sabiá Barranco, Papa Arroz, Craúna, Caboclinho, Canário da Terra, Patativa, Extravagante, Rolinha Caldo de Feijão, Rolinha Fogo Apagou e Sibite.
Além dos resgates, 270 gaiolas e alçapões, 9 espingardas e 6 armadilhas do tipo tatuzeira foram destruídos. Foram lavrados 16 autos de infrações, somando cerca de R$ 150 mil em multas, com destaque para o auto aplicado pelo ICMBio contra a Fazenda Angelin, devido à aplicação de herbicida por meio de um helicóptero ao longo da mata ciliar do entorno da Estação Ecológica de Murici e interior da Área de Proteção Ambiental (APA) de Murici.
A infração da fazenda causou a mortandade de árvores e de animais, que além dos mortos foram contaminadas outras espécies pelo herbicida e têm alta probabilidade de morrerem no decorrer de semanas, segundo os fiscais da ação. A comunidade da Grota do Negro, do município de Flexeiras, também corre risco de beber a água contaminada pela substância.
O destaque da operação foi a utilização de drone para a busca de pássaros ilegais em cativeiro. O aparelho foi usado para sobrevoar as residências muradas, com o objetivo de verificar se na varanda destas residências havia alguma ave. Também foi utilizado para sobrevoar a área de vegetação que foi atingida pelo herbicida, agrotóxico, e fazer imagens aéreas, bem como realizar o mapeamento.