O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, levantou nessa quinta-feira (17) a hipótese de a rede Al Qaeda ser responsável por dois ataques suicidas que ocorreram na semana passada na capital síria, Damasco. Pelo menos 55 pessoas foram mortas nas duas explosões, consideradas as piores desde o início dos protestos populares contra o presidente Bashar Al Assad, em março de 2011.
Ki-moon não apresentou evidências que sustentem a afirmação. A análise dele, porém, é compartilhada por observadores independentes, que acreditam que a rede extremista avança sobre a Síria. No país, a crise ocorre há 14 meses em meio a confrontos entre manifestantes e favoráveis ao governo. Os manifestantes pressionam pela renúncia de Assad.
A oposição no país chegou a acusar o governo de orquestrar ataques. No dia 12, um grupo de militantes assumiu a autoria das explosões de Damasco. Há suspeitas, de analistas internacionais, de que o grupo seja ligado à Al Qaeda.
Em 14 meses de confrontos, a estimativa é que mais de 10 mil pessoas morreram. Observadores estrangeiros identificaram várias violações aos direitos humanos, como assassinatos, torturas, prisões indevidas. Crianças e adolescentes também são vítimas, segundo os observadores internacionais.