O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, defendeu a ampliação de 30 para 250 do número de observadores enviados à Síria. A proposta será examinada pelo Conselho de Segurança da ONU. Por enquanto, uma missão de apenas seis observadores está no país. Há informações de que os confrontos entre forças leais ao governo e da oposição estão intensos em várias cidades sírias.
Para Ki-moon, mesmo o número de 250 não é suficiente devido à gravidade da onda de violência na Síria, que ocorre há 13 meses. A ONU estima que mais de 10 mil pessoas morreram na região. Há registros de violações de direitos humanos, como prisões indevidas, estrupros e agressões a crianças.
O secretário-geral reiterou a necessidade de um cessar-fogo no país e da execução de um plano de paz. O presidente sírio, Bashar Al Assad, disse que cumprirá o acordo feito com o enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, mas ataca a oposição, acusando-a de promover atos terroristas.
Pelo plano de paz acordado, o governo sírio deve impor um cessar-fogo imediato, promover a abertura política, dialogar com a oposição e permitir a liberdade de expressão no país, além da ajuda humanitária às vítimas. Os observadores da ONU devem usar helicópteros e aviões, além de veículos, para verificar a execução do plano e do cessar-fogo.
A decisão do Conselho de Segurança estabelece que o objetivo da ação dos observadores é “monitorar o fim da onda da violência armada em todas as suas formas e verficar a execução de todos os pontos do plano de paz”.