A Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o combate à resistência antimicrobiana como tema do Dia Mundial da Saúde deste ano, celebrado no dia 7 de abril.
A resistência ocorre quando os microorganismos – bactérias, vírus, fungos e parasitas – se tornam resistentes à maior parte dos remédios usados nos tratamentos – chamados de superbactérias.
De acordo com a OMS, os microorganismos resistentes não são um problema novo, porém estão se tornando perigoso e ameaçam vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer e o transplante de órgãos. As infecções causadas por esses microorganismos deixam as pessoas doentes por mais tempo e elevam o risco de morte.
Dados da OMS indicam o surgimento de 440 mil casos de tuberculose resistentes no mundo a cada ano e cerca de 150 mil pessoas morrem. “Esta é uma grande preocupação porque uma infecção resistente pode matar, pode se espalhar para os outros e impõe custos enormes para a sociedade”.
A organização alerta que o aumento de casos está relacionado ao uso indiscriminado de medicamentos – principalmente antibióticos, abandono de tratamentos, prescrições erradas, remédios de baixa qualidade e também falta de controle e empenho por parte dos governos.
No Dia Mundial da Saúde, a OMS lançará uma política com seis pontos para o controle da resistência antimicrobiana e apelará aos países e autoridades de saúde para que a adotem.
Para conter os microorganismos resistentes, a Anvisa determinou a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias de todo o país somente com a apresentação de duas vias da receita médica, com o objetivo de restringir a automedicação. Uma via é retida pelo estabelecimento e a outra é devolvida ao paciente.