O município de Pariconha, a 280 km de Maceió, vai sediar a partir desta sexta-feira (16), o 1º Encontro de Professores Indígenas de Alagoas. O evento faz parte das atividades do Curso de Licenciatura Indígenas (Clind/AL), que está sendo desenvolvido pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), por meio de convênio firmado com o Ministério da Educação (MEC).
O curso de licenciatura foi iniciado em fevereiro, no campus de Palmeira dos Índios. A graduação superior tem duração prevista de quatro anos e ainda conta com o apoio da Gerência de Educação Indígena (GEEIND) da Secretaria de Estado da Educação (SEE). A iniciativa é pioneira em todo o Nordeste, com a oferta de graduação superior para professores indígenas nas áreas de Ciências Biológicas, História, Pedagogia e Letras.
De acordo com a coordenadora do Clind/AL, professora Iraci Nobre, o curso conta com a participação de 80 professores-indígenasdas das tribos Kariri, Jeripancó, Wassu, Koiupanká, Tingui Botó, Karapotó Plaki-Ô e Xucuru Kariri. Ela revelou que, em junho deste ano, os educadores indígenas participaram, na Serra da Mata da Cafurna, em Palmeira dos Índios, dos Estudos Cooperados do Curso de Licenciatura Indígena (Clind).
Nessa nova etapa, a Uneal está promovendo o 1º Encontro de Professores Indígenas na aldeia Jeripankó, no município de Pariconha. A programação tem início marcado para as 18 horas, e contará com a presença da reitora Laudirege Fernandes; diretora do campus de Palmeira dos Índios, Rosa Medeiros; coordenadora do Clind/AL, Iraci Nobre; professores da Uneal e a presença dos caciques Cícero Miranda, Genésio Miranda e do pajé Elias Bernardo, além dos 80 alunos que participam do curso.
O Encontro Alagoano de Professores Indígenas ainda terá a presença de representantes do MEC, Funai, Ministério Público Federal, Cimi e APOINME. As atividades serão estendidas até domingo (18), com a realização de mesas-redondas para debater assuntos ligados à geografia e educação indígena, movimentos sociais e políticas de assistência aos povos indígenas em Alagoas.
O evento também será voltado para a realização de oficinas sobre a saúde da mulher indígena, drogas, educação sexual, pintura, cinema, fotografias e produção de material didático com sucatas.