Brasileira Luciléia é tetra-campeã mundial de futsal
O ano de 2013 foi do futsal brasileiro e, também, de Luciléia. Além de estar presente na conquista dos quatro títulos mundiais do Brasil (2010, 2011, 2012, 2013), ter sido a artilheira da última competição, com 11 gols, a ala ainda faturou pela primeira vez o prêmio de melhor jogadora de futsal do planeta – o AGLA Futsal Awards 2013, coordenada pelo site Futsal Planet, referência na modalidade.
Natural de Santo Ângelo (RS), aos 30 anos, Luciléia costumeiramente é citada pelas jogadoras mais novas como referência e inspiração. A gaúcha lembra que já tinha ficado feliz com a indicação ao prêmio, ao qual também concorriam Vanessa e Ju Delgado. Mas não conteve a emoção com o resultado.
Ela afirma que, em 2014, deve continuar jogando na Itália, onde mora desde 2012, porém não esconde a alegria que é jogar em terras brasileiras. E torce: “Que nós como atletas não deixamos de dar espetáculo dentro das quadras e nem de lutar por um futsal feminino melhor fora delas”. Confira abaixo entrevista exclusiva com a atleta:
Como foi sua reação e de sua família ao saber que havia vencido o prêmio?
Luciléia:Quando recebi a notícia fiquei sem reação, por alguns segundos não conseguia falar nada. Com minha família não foi diferente, uma alegria e uma satisfação muito grande.
Foi uma das melhores emoções da minha vida. É o reconhecimento do meu trabalho e a realização de um sonho.
Antes da divulgação do resultado, qual era sua expectativa?
Luciléia: Acredito muito em Deus. Pra mim já era uma satisfação estar entre as 10 indicadas. O que eu poderia fazer já tinha feito durante o ano e no Mundial, não tinha outra opção a não ser esperar. Mas não estava ansiosa, acredito que cada um tem um propósito.
Como você avalia o ano de 2013 na sua carreira?
Luciléia:Um ano pra recordar. Conquistas coletivas, individuais e, pra fechar com chave de ouro, esse prêmio que era realmente um sonho para mim como jogadora.
Quais são suas expectativas para 2014?
Luciléia: Que 2014 possa ser tão cheio de conquistas como esse ano de 2013. A princípio continuo jogando na Itália, mas jogar no Brasil é sempre muito bom. Os desafios da nossa modalidade são tantos, é triste ver o futsal feminino no nível que chegou, seja técnico ou taticamente, e não ter o reconhecimento que merece. Que nós como atletas não deixamos de dar espetáculo dentro das quadras e nem de lutar por um futsal feminino melhor fora delas.