O Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) finalizou nesta sexta-feira (21) mais uma etapa do Curso de Salvamentos Especiais (CSESP). Para concluir o módulo de salvamento em altura, os alunos – que se tornarão futuros Águias da corporação -, passaram por uma prova de conhecimento técnico realizada no topo do edifício Brêda, no centro de Maceió.
Segundo o coordenador do treinamento, tenente Felipe Dória, o teste, que exige coragem, utiliza um padrão mundial. “Ele consiste em passar uma corda por cima do prédio, de um bloco para outro, onde os alunos devem subir e fazer manobras aprendidas. É uma simulação de resgate de vítimas, como de um incêndio, por exemplo. Depois disso, eles descem em rapel”, explica o oficial.
Para o soldado Paulo Rodrigues, de 25 anos, a avaliação foi árdua. “Foi difícil, mas nada é impossível quando a gente quer”, diz ele, que ainda ressalta a importância da atividade. “Minha carreira começou como salva-vidas e quis aprender mais técnicas. Está me engrandecendo bastante como profissional e estou mais preparado para atender a população”, afirma.
O coordenador do CSESP revela que 10 militares participaram da prova nesta sexta-feira – todos foram considerados aptos a continuar no curso, que começou com um total de 20 alunos inscritos. Antes do salvamento em altura, que teve duração de um mês, eles já haviam passado pelas etapas de atendimento pré hospitalar (APH) e salvamento aquático.
Agora, os próximos módulos serão de salvamentos com aeronave e veicular, mergulho e sobrevivência, além de uma marcha de 125 km entre as cidades de Maragogi e Maceió. “O objetivo é especializar o militar em salvamentos avançados, utilizando técnicas novas. Esse curso é focado para que ele tenha as melhoras técnicas possíveis”, expõe o tenente Felipe Dória.
O treinamento, que deve ser concluído em dezembro, tem duração total de seis meses e prepara os profissionais para operações complexas e de alto risco. “Eles são formados até para casos extremos, como de suicidas e de pessoas presas a ferragens”, acrescenta ele. Desde 2005, quando foi criado, o CSESP já formou cerca de 60 militares, incluindo bombeiros e policiais.
Ao todo, são 1.600 horas/aula de treino intenso, abrangendo todas as áreas de formação do CBMAL e de avaliações periódicas, algumas até semanais. Aluno do curso – que já está em sua quinta edição -, o capitão Roberto Wanderley ressalta, porém, que tudo isso vale a pena. “O curso está melhorando bastante nossa formação”, conta.
O oficial, que tem 30 anos e é bombeiro há 10, acrescenta que a experiência vem sendo positiva. “Já passamos da metade e tem sido muito bom. As atividades são pesadas, então é necessário ter preparo físico e psicológico, mas isso é recompensante, pois o curso é o ápice para nós na corporação. Além disso, a sociedade também ganha com profissionais mais qualificados”, diz ele.
