A oferta de empréstimo do governo federal para estados e municípios, como forma de compensar os decréscimos nos repasses dos recursos federais, foi motivo de crítica do deputado Gilvan Barros (PSDB) que questionou a concentração de renda por parte da União.
O parlamentar defendeu uma compensação para repor as perdas. “É injusto o governo federal reter os recursos para depois oferecer aos estados e municípios na forma de empréstimos, querendo ser ‘bonzinho’. Sou eminentemente municipalista e não aceito a retirada de recursos nem dos estados nem dos municípios”, afirmou Gilvan Barros.
Já o deputado Jeferson Morais (DEM) disse que tem mantido contato com diversos prefeitos e muitos relatam a incerteza quanto ao pagamento do 13º salário dos servidores, devido a dificuldade financeira por que passam os municípios. “Com isso, as exonerações têm sido constantes nas administrações municipais”, disse ele.
Por outro lado, o deputado Judson Cabral (PT) amenizou as críticas feitas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É bom lembrar que o governo federal também sofreu com a queda da arrecadação, em virtude da crise financeira mundial”, considerou ele. Para o petista, o que se deve questionar é o modelo de gestão aplicado atualmente.
De acordo com Cabral, cabe ao Legislativo fiscalizar a real aplicação dos recursos referentes ao empréstimo solicitado pelo governo do Estado, de aproximadamente R$ 250 milhões. O pedido foi encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa no último dia 22 e tramita nas comissões temáticas da Casa para recebimento dos pareceres.