A diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas, encaminhou, na tarde de ontem, à Polícia Federal requerimento solicitando abertura de inquérito para investigar e-mails falsos, que estão sendo enviados em nome do presidente da OAB, Omar Coêlho de Mello, e com o timbre da instituição.
O delegado da PF, Felipe Vasconcelos Corriea, recebeu a denúncia e disse que vai encaminhar o caso para a superintendência do órgão que dará encaminhamento das investigações. Felipe Vasconcelos afirmou ainda que a partir de agora, a PF vai tentar localizar o IP do computador de onde foram enviados os e-mails falsos.
Segue abaixo a íntegra do requerimento da OAB/AL encaminhado à PF:
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DELEGADO SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA FEDERAL EM ALAGOAS
A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SECCIONAL ALAGOAS, autarquia federal, ora representada por seu PRESIDENTE, vem através da presente expor e requerer o que doravante segue:
Fora encaminhada na data de hoje, 26 de novembro de 2009, véspera das eleições da OAB/AL para todos os e-mails dos advogados e advogadas de ALAGOAS um e-mail de conteúdo e forma FALSAS, passando-se pelo presidente da OAB e utilizando-se da marca da OAB, consoante se demonstram nos documentos em anexo.
2. Referidos e-mails continham substância político-eleitoreira pedindo votos para uma suposta candidatura do atual Presidente à uma cadeira da ALE/AL
3. De se ressaltar que a lista de e-mails, ou seja, o banco de dados, é privada da OAB e foi entregue aos dois candidatos à eleição da referida entidade, podendo-se daqui partir a investigação acerca da suposta autoria criminosa.
4. Ainda, fora também encaminhado aos advogados de Alagoas um envelope lacrado, ANÔNIMO, com a etiqueta fornecida pela OAB/AL com conteúdo já sabidamente difamatório ao PRESIDENTE da OAB, consoante também se anexa o referido documento.
5. Desta forma, de se requerer possam ser quebrados os IPs das máquinas que originaram os e-mails, apurando, assim, o crime de falsidade ideológica, instaurando-se o devido procedimento policial para todos os efeitos penais.