Estava na penumbra do meu quarto, quando, um pontinho luminoso começou a passear em volta de mim. Apurei a vista e percebi que era um vaga-lume, vagando em torno da própria luz. Foi o suficiente para que eu iniciasse alguns questionamentos, um tanto infantis: a luz que ele carrega, tem alguma bateria? Ao morrer, a luz se extinguirá de imediato? O que provoca aquela iluminação tão linda e incandescente? Quem ele chama, quando pisca tanto?
E ele continuava lá. Piscando, iluminando, brincando de esconde-esconde, aparecendo em um lugar, reaparecendo em outro. Ganhei um tempo enorme com o meu pequenino vaga-lume, que me oferecia seu jatinho de luz, brincando com os meus olhos e tentando me dizer, que ele, apesar de pequenino, tem o dom de quebrar a escuridão…
Houve um momento em que o meu pequenino vaga-lume espaçou o tempo da iluminação. Fiquei esperando, procurando, atenta ao reaparecimento da luz. E ela retornou, mais forte! Certamente foi reabastecer as energias para iluminar melhor! Foi mais uma lição que aprendi: em alguns momentos da nossa vida, precisamos parar e nos afastar do burburinho para abastecer o nosso espírito! Com certeza retornaremos mais fortes, com a luz incandescente, ou seja, em brasa!Deus vomita quem é morno!
Que bom seria, se cada um de nós, se tornasse um vagalume e fosse por aí, na escuridão, levando a luz, iluminado e iluminando as noites escuras da vida, dissipando trevas.
Que bom seria se nos transformássemos em vaga-lume, fizéssemos uma greve de união iluminada, juntinhos, de lanternas acesas… Não precisaríamos nos preocupar com as trevas…
Ser luz, é ser caminho aberto para o outro. Ser luz é dissipar as trevas.É ir à frente, com a lanterna acesa. sem a pretensão de destaque. Unicamente com o objetivo de iluminar o caminho do outro…
E como o vaga-lume que nasceu para vagar iluminando, também nós, nascemos para uma missão: levar a luz da Palavra do Senhor, aqui e ali. E um dia, todos juntos formaremos uma só luz!