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Penedo

Áudio: ?O pavilhão da farinha na realidade é o pavilhão da nojeira?, diz comerciante de Penedo

Prédio foi evacuado há dois anos para ser submetido a reforma

Feirantes que antes comercializavam seus produtos no histórico prédio do “pavilhão da farinha”, localizado na Praça Costa e Silva, em Penedo, procuraram a reportagem móvel da Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br) para denunciar a atual situação do espaço que há mais de dois anos foi evacuado para ser submetido a uma reforma.

A comerciante Dejanira dos Santos usou o microfone da emissora, que é líder em audiência na região do Baixo São Francisco, para mostrar toda sua revolta com o abandono do espaço que era o local de trabalho de dezenas de feirantes que há décadas tiravam da li o sustento de seus familiares.

“Aqui só tem é nojeira, pedra e lixo. A gente perdeu nosso sossego quando derrubaram o pavilhão. Do outro lado tem muito mato também. Quem disse que está satisfeito é porque não sabe viver na limpeza, sabe viver na nojeira”, declarou a comerciante.

Ainda segundo a senhora, quando o “pavilhão da farinha” foi desocupado, a proposta era de se fazer uma reforma que adequasse o local as necessidades dos comerciantes, com a construção de boxes e lojas padronizadas. No entanto, para os feirantes, esse não foi o resultado da obra que mesmo estando concluída ainda não foi entregue a população.

“Esse espaço que fizeram aí só serve pra gente criar pinto e não pra gente trabalhar. Pelo dia é um sol imenso dentro desses espaços e quando chove molha tudo. A gente tinha nosso ponto e vivia aí sossegado, trabalhando”, acrescentou Dejanira, mostrando a forma como foi projetada cobertura do prédio.

Os comerciantes reclamaram também da sujeira em torno do “pavilhão da farinha”, o que provoca até o surgimento de insetos transmissores de doenças. A senhora Dejanira encerrou sua participação lembrando como era o dia-a-dia no pavilhão, antes dele ser interditado em fevereiro de 2010.

“O pavilhão da farinha na realidade é o pavilhão da nojeira. A gente vivia aqui com tudo limpinho, todo mundo limpava, fechava suas portinhas e ía pra casa descansar. No outro dia vinha novamente, fazia seu movimento e hoje não temos como fazer mais nada. Botaram essa grade aqui que parece que é para criar doido e criar pinto”, complementou.

A promessa da Prefeitura Municipal de Penedo quando do início da obra era de que os comerciantes receberiam uma espécie de indenização durante seis meses, mas a promessa não foi cumprida e até os dias atuais os comerciantes sofrem sem ter um local digno para trabalhar.