O Matuto Zé Cará vai da linguagem do cordel à animação
Baseado no cordel de Jorge Calheiros, “O Matuto Zé Cará” cria vida quando as rimas se concretizam para contar a história de um pescador com nome de peixe, que nasceu e foi criado no povoado de Poxim, em Coruripe.
Quando o peixe fica escasso, o atrapalhado Zé Cará sai em busca de novas oportunidades. Em uma série de contratempos e viagens, ele conhece pessoas que o fazem passar por diversas aventuras. Em uma dessas, ele vê sua vida de pescador em jogo quando um frentista o coloca para participar de uma partida de futebol entre CRB e Coruripe.
Este é mais um dos filmes que serão exibidos nesta sexta feira (15) no Cine Sesi Pajuçara. O Matuto Zé Cará foi premiado pelo Edital de Incentivo à Produção ao Audiovisual em Alagoas, lançado em 2010.
Para o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, a realização desse edital garantiu de forma democrática a distribuição dos recursos provenientes do Fundo de Desenvolvimento de Ações Culturais (Fdac). “Os editais criam oportunidades para os que se dedicam a desenvolver projetos culturais em Alagoas”, ressaltou Viégas
A direção é de Luiz Gustavo Salles, com produção de Manuelle Gouveia, roteiro de Jorge Calheiros e direção de Arte de Weber Salles. O curta metragem tem duração de 15 minutos e a classificação 16 anos.
Em forma de animação, o cordel será narrado por seu criador e terá sua história ilustrada em forma de animação simulando a xilogravura, uma técnica utilizada nos cordéis impressos.
Segundo a produtora do curta, Manuelle Gouveia, utilizar o recurso da animação no filme deu um ritmo interessante à história, já que a mesma se baseia num conto da literatura de cordel. “Foi trabalhoso, desde a pesquisa dos cordéis, cerca de 80, até a execução da animação. Mas estamos satisfeitos com o resultado”, afirmou a produtora.
As cenas do filme foram captadas na Massagueira e em Marechal Deodoro e as animações foram feitas pelo designer gráfico Weber Salles.