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O gestor e suas limitações

Ainda encontramos empresários que têm dificuldades de não se adaptarem as suas novas funções, quando suas empresas, movidas pelo desenvolvimento, contratam pessoas para exercer cargos de gerência, ficando eles sem o contato direto com alguns funcionários que exercem a função de execução.

É devidamente justificável e necessário o fundador ao instituir sua empresa exercer as funções de planejar seus objetivos, fixar metas, organizar seus recursos disponíveis, fiscalizar e controlar as diversas atividades e quando necessário auxiliar na execução de funções operacionais.

A realização das funções administrativas no primórdio das empresas, são realizadas e apenas do conhecimento do proprietário. Porém ao dividir responsabilidades das funções de gerenciamento com subordinado, é necessário formalizar quais funções ficarão a cargo desse auxiliar para que, no futuro, ele venha a ser avaliado, orientado e possa se desenvolver profissionalmente, como também para sejam evitadas situações constrangedoras que possam afetar o relacionamento entre ambos.

É a partir desse ponto que começa a surgir o empresário que se destacará como gestor e o que estacionará na qualidade de empresário comum, que caso consiga manter em funcionamento o seu empreendimento, esse permanecerá da mesma importância desde quando foi implantado.

A necessidade de admissão do primeiro auxiliar para exercer o cargo de gerência na empresa é que orientará o caminho a ser trilhado pelo empresariado, pois no compartilhamento das funções administrativas da empresa é que os mais dedicados e competentes começarão a se destacar no segmento, entendendo, através da obtenção de novos conhecimentos e prática, que para essa divisão inexiste regra específica, apenas orientações genéricas que devem ser adaptadas a cada empresa exclusivamente.

O primeiro desafio é a seleção do primeiro auxiliar no cargo de gerência, pois é frequente que o escolhido para exercer essa função seja o funcionário que mais se destaca no exercício de função operacional, pois o proprietário, nesse processo tende a considerar apenas a sua intuição sem nenhuma preparação prévia para conduzir essa decisão e o acerto da escolha na maioria das vezes deixa a desejar, causando uma situação que para sua reversão tem duas premissas: a demissão ou o constrangimento de retorno âs funções anteriores do escolhido.

O acerto ou o desacerto dessa decisão é um marco para que o empresário entenda que todo o gestor tem suas limitações e procure minimizá-las ou julgue-se notável e acredite que sucessos no passado se repetirão no futuro.

Diversos livros que tratam de gestão afirmam que todo o erro é o aprendizado de algum procedimento que merece ser aprimorado, porém nem só da leitura e de cursos sobre qualquer assunto são os únicos caminhos para o desenvolvimento dos empresários se tornarem gestor, mas também que devem levar em alta conta o que as pessoas no seu entorno têm a ensinar, E essa via de aprendizado apresenta-se em muitas oportunidades da maneira mais inusitada possível, é só observar todos os que exercem bem quaisquer funções nas empresas, pois às vezes aprende-se certos assuntos mais com o comportamento do pessoal da limpeza do que com os dos departamentos administrativos.

Importantíssimo o gestor, desde o início de sua jornada, aceitar que toda pessoa, principalmente os colaboradores, em muitos assuntos são mais competentes do que eles e que devem excluir da sua conduta o pedantismo e ter a simplicidade de conversar com eles e solicitar sugestões para problemas que estão em dúvida qual a melhor solução.

Confiança e diálogo são ferramentas importantíssimas para o sucesso na delegação de atividades administrativas para que os subordinados responsáveis, por essas novas atribuições, se desenvolvam e tornem-se profissionais talentosos, mesmo que no futuro tenham que se desligar da empresa para procurar novos desafios e quem algum deles no futuro retorne para ser nosso substituto.

Continua sendo fundamental a regra número um dos profissionais que alcançaram sucesso nos seus segmentos quando dizem explicita ou implicitamente que para se alcançar sucesso em qualquer atividade é não se limitar às suas limitações e evitar a soberba.