Comandante Dário César diz que presença do policial nas ruas junto à comunidade e nos horários e locais mais críticos inibiu prática criminosa
O número de homicídios em Alagoas caiu nos últimos quatro meses do ano de 2010. Dados do Instituto Médico Legal mostram que nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado, ocorreram em média 13 assassinatos a menos no Estado em relação aos oito primeiros meses do ano, que registraram uma média de 36,6 homicídios por mês.
De acordo com o quadro comparativo de homicídios do IML, em setembro de 2010, foram dez homicídios a menos do que no mesmo mês de 2009. Já no mês seguinte, o número diminuiu em seis; em novembro, o decréscimo foi de dezessete homicídios e no último mês do ano passado, a redução foi ainda maior, chegando a dezenove homicídios a menos do que dezembro de 2009.
Para o comandante-geral da Polícia Militar em Alagoas, as mudanças implementadas no policiamento ostensivo foram primordiais para esta redução. “A presença do policial nas ruas junto à comunidade e nos horários e locais mais críticos favoreceu a inibição de atos delituosos, principalmente os crimes contra a vida. Nesta gestão, praticamente dobramos o número de viaturas por turno, principalmente na grande Maceió”, salientou Dário Cesar. A redistribuição de efetivo foi feita assim que ele assumiu o comando, no final de agosto de 2010.
Ainda segundo o comandante, os números de homicídios precisam diminuir, mas já existe um indicativo de qual deve ser o caminho a ser seguido para que o objetivo seja alcançado. “Planejamos ações para reduzir os índices de criminalidade. Mas, para tanto, precisamos do apoio incondicional da população no que diz respeito à prestação de informações por meio de denúncias”, observou.
Um dos fatores que também explicam a redução no número de homicídios é a implantação do policiamento comunitário em algumas áreas de Maceió. Na primeira base de polícia comunitária instalada na capital, no conjunto Selma Bandeira, bairro do Benedito Bentes, o número de homicídios registrou queda significativa.
“Estes resultados foram obtidos a médio e longo prazos e são provas de que a aproximação da PM com a comunidade é uma das melhores formas de prevenção contra a violência”, explica Dário Cesar.
Prisões e apreensão de armas e drogas
Paralelo à redução dos índices de homicídios, a PM aumentou o registro de prisões e apreensões de armas e drogas na capital e Região Metropolitana. Dados do Comando de Policiamento da Capital (CPC) apontam 1.263 pessoas presas entre os meses de setembro e dezembro e 293 menores apreendidos no mesmo período. A maior parte das prisões está relacionada ao tráfico de drogas e ao porte ilegal de arma de fogo.
Nos últimos quatro meses de 2010, 120 ocorrências de tráfico de drogas e 36 do uso dos entorpecentes foram registradas. Mais de 222 quilos de droga foram apreendidos (maconha, crack, cocaína e pasta base) e 260 armas de fogo também foram tiradas de circulação.
“Sabemos que a intensificação do policiamento, através do combate ao tráfico de drogas e ao porte ilegal de arma de fogo, reflete positivamente nos índices. Cada arma tirada de circulação, por exemplo, pode representar uma vida salva e o nosso trabalho é neste sentido: prevenir”, frisa Dário Cesar.