O São Paulo venceu o Santos nos pênaltis por 3 a 0, após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar, na manhã desta segunda-feira, no Pacaembu, para conquistar o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
A conquista premia o trabalho da diretoria com a base, iniciado em 2005 com a inauguração do CT de Cotia, que chegou a ser criticado por alguns conselheiros que achavam o investimento muito alto pelo retorno até então dado.
Além de fortalecer a estratégia da atual diretoria, a conquista da 41.ª Copa São Paulo acaba com a sina de seis vice-campeonatos da competição. Agora, o clube tricolor soma três títulos.
Pelo lado do Santos, o sonho do bicampeonato termina, mas o trabalho do ex-jogador Narciso à frente da molecada continua forte, com mais uma geração promissora liderada por Alan Patrick.
O JOGO
Com um time muito rápido no ataque, o Santos foi melhor na primeira etapa, com boa troca de passes, confundindo o miolo de zaga do São Paulo. E o resultado foi a vitória parcial por 1 a 0.
Esperto, Alan lançou Renan com um passe entre dois zagueiros. O atacante santista deu um drible desconcertante em Bruno Uvini e tocou na saída do goleiro são-paulino para marcar o gol, aos 18 minutos.
A resposta viria aos 40 minutos, quando conseguiu chegar ao empate, mas o árbitro, acertadamente, marcou impedimento de Zé Vítor, responsável pelo cruzamento que resultou na conclusão de Ronieli.
Temeroso, Narciso optou por recuar sua equipe e contar apenas com os contra-ataques. E, como acontecera na semifinal diante do Palmeiras, quando cedeu o empate (3 a 3), o Santos foi pressionando de todas as formas pelo São Paulo, que criou chances para virar o jogo, mas teve de se contentar com o empate, que aconteceu aos 40 minutos do segundo tempo, quando Ronieli acertou um belo chute de primeira, na entrada da área, para mandar o jogo para os pênaltis.
DESANDOU
A confiança santista até então inabalável começou a ruir logo após o final do tempo regulamentar, quando o técnico Narciso reclamou com a arbitragem e foi empurrado bruscamente por um policial militar. “Ele [o árbitro] errou na não expulsão do goleiro [primeiro lance do segundo tempo]. Ali ele pipocou. Só isso eu fui falar com ele. Aí veio um policial e me empurrou e eu não vou aceitar isso“.
O nervosismo de Narciso passou aos jovens atletas santistas e o disputa por pênaltis teve apenas um destaque: o goleiro são-paulino Richard, que defendeu nada menos que os três pênaltis, cobrados por Alan Patrick, Alemão e Renan, para garantir o título do São Paulo.