
Secretarias de Agricultura, agências de defesa agropecuária e Superintendências Federais da Agricultura (SFA) de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte reuniram-se nesta quinta-feira (17) em Maceió. A febre aftosa é a preocupação dos estados, que esperam mudar, ainda este ano, da atual zona de risco médio para a zona livre da doença com vacinação.
Realizado no Radisson Hotel, na Pajuçara, o encontro foi sugerido pelo governador Teotonio Vilela Filho como forma de integrar as ações entre os estados. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a mudança de status sanitário deve ser feita em conjunto. Além dos sete estados nordestinos, o bloco inclui ainda uma parte do Pará.
“Essa união trará benefícios para todos. O avanço será muito mais forte se nos desenvolvermos juntos. Sempre que se trabalha em bloco o resultado é muito mais consistente”, ressaltou o secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, que representou o governador no encontro.
Para o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim, a iniciativa de promover a reunião demonstra o empenho do governo alagoano em evoluir o programa de erradicação da febre aftosa. “Ver que o governador preside o Comitê de Defesa Agropecuária é importantíssimo. A aftosa é um programa estruturante. Implantando todas as ações necessárias a ele, outras também são controladas”, enfatizou.
Durante a reunião, o diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, apresentou recomendações e prazos a serem cumpridos pelos estados. De acordo com o diretor, um dos itens de maior dificuldade deve ser a atualização detalhada dos planos de ações corretivas, que precisa ser concluída até março.
Marques lembrou ainda da importância da cooperação entre os estados. “Os pontos positivos de um estado ajudam os outros, mas os negativos também prejudicam todos, porque estamos caminhando em bloco. Trabalhando junto, a fraqueza de um pode se apoiar na fortaleza do outro”, destacou.
A realização de videoconferências semanais entre as superintendências e agências estaduais e o ministério para avaliar os avanços de cada região foi uma das recomendações do encontro.
Também foram sugeridos uma nova reunião entre os órgãos, que deve ser realizada em abril, na Paraíba, e um encontro dos secretários de agricultura dos estados com o ministro Wagner Rossi. “Vamos nos mobilizar para que haja um fluxo de recursos que possibilite a realização dos trabalhos”, disse Jorge Dantas, secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
Entidades do setor produtivo alagoano, como a Associação dos Criadores (ACA) e Federação da Agricultura e Pecuária (Faeal), também participaram do encontro. “A defesa agropecuária não depende apenas da atuação das agências de defesa agropecuária e Ministério da Agricultura. É um trabalho que precisa da colaboração direta dos produtores”, afirmou o diretor-presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Manoel Tenório.