A reunião dos prefeitos cancelada pelo Comitê Estadual de Combate à Seca foi remarcada pelo governador em exercício, José Thomaz Nonô, para segunda-feira (26), às 9h, na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). A decisão foi tomada ontem, após a reunião interna do Comitê. Nonô quer o apoio dos prefeitos para decidir soluções alternativas de combate aos efeitos da seca.
Semana passada, o governo anunciou a prorrogação, por mais seis meses, da situação de emergência em municípios da seca. Com essa medida, a Associação tinha marcado uma reunião nesta quinta-feira (22), entre COMDECs, Comitê e prefeitos, para cobrar agilidade nas atividades emergenciais, como a distribuição dos alimentos estocados pela CONAB. Apenas 11 municípios, entre os 36 afetados, foram atendidos.
Os coordenadores municipais, apoiados pela equipe técnica da AMA, já estão trabalhando na elaboração dos decretos de prorrogação da situação de emergência, como foi orientado pela Defesa Civil. Segundo o presidente da AMA, Palmery Neto, a entidade mantem um canal permanente de orientação aos prefeitos, mas como não é uma entidade executora, depende das ações dos governos federal, estadual, CONAB, DNOCS e da própria coordenação do comitê da seca.
Para Nonô, o governo estadual tem feito ações em várias frentes no sentido de amenizar os efeitos da seca no Sertão alagoano, mas é preciso que os prefeitos e lideranças locais desses municípios continuem a debater com o Estado como encontrar formas de solucionar os problemas mais críticos desta situação.
A gravidade da situação tem sido mostrada frequentemente nos veículos de comunicação e o sofrimento da população atingida. Em maio, o prefeito Palmery Neto entregou ao governador Teotônio Vilela Filho um relatório detalhado da situação dramática dos municípios afetados pela seca com as necessidades imediatas para o socorro às famílias afetadas, número que já ultrapassa a casa dos 400 mil.
O governador em exercício Nonô participou da última reunião da Sudene, há cerca de dez dias, em Salvador, onde alertou à presidente Dilma Rousseff e aos membros do órgão que Alagoas precisa de uma atenção diferenciada do governo federal para enfrentar a seca.
