×

Esporte

No Mineirão, Cruzeiro vence e faz Botafogo perder a invencibilidade

Thiago Ribeiro comemora seu gol diante do Botafogo

A frustração pela eliminação na Taça Libertadores ainda acompanha o torcedor celeste, mas nesta quarta-feira, no Mineirão, o Cruzeiro deu bons motivos para apagar a má impressão. A Raposa mineira venceu o Botafogo por 1 a 0 e chegou aos oito pontos no Brasileiro, enquanto deixou o rival alvinegro estacionado com sete. Além disso, o Cruzeiro segue invicto na competição e quebrou a sequência sem derrotas do Glorioso.

Com mais essa vitória, o clube das Alterosas acumula 14 anos sem perder para o Bota em casa pelo Brasileirão.

TEMPO MOVIMENTADO

Desfalcado de Caio e Herrera, suspensos por expulsão contra o Goiás, no último sábado, e com Loco Abreu serevindo a Seleção do Uruguai, o Botafogo começou a partida apenas com Edno no ataque, mas isso não significou que o Alvinegro se manteve na espera pelo adversário no campo defensivo. Logo no primeiro minuto, Edno sofreu falta na entrada da área e quase abriu o placar na cobrança, que passou rente à trave direita de Fábio.

Com uma atitude mais ofensiva e sempre presente no campo adversário, o clube celeste aos poucos trabalhou a bola e o gol não demorou para sair. Aos 18 minutos, Jonathan apareceu nas costas de Somália e cruzou para Thiago Ribeiro, que enfiado no miolo de zaga alvi-negra, não teve trabalho para balançar a rede. Na frente da meta, o atacante não deu chance para Jefferson e homenageou a filha recém-nascida na comemoração.

Mesmo contando com seis homens no meio de campo, o Botafogo não converteu o grande número de jogadores no setor em posse de bola e apesar do começo promissor, acabou por se espremer lá atrás.

Todavia, aos 43 minutos, Somália foi derrubado por Gil na área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Renato bateu forte e Fábio caiu no lado esquerdo para defender. Cruzeiro na frente e festa da torcida no Mineirão, que gritou o nome do goleiro enquanto as equipes caminhavam rumo ao vestiário.

LUTA CONSTANTE

Na segunda etapa, Sandro Silva saiu para a entrada do atacante Alex e a busca pelo empate se tornou ainda mais forte. Em busca da reação, o Botafogo sofreu com mais um impedimento marcado equivocadamente. O Alvinegro tentava, mas a defesa mineira se mostrou sólida e explorou os espaços deixados pelo Bota.

O clube celeste, que estreou na partida um uniforme amarelo, até tentou contra-atacar, mas a pressão foi mesmo do Alvinegro. Com o passar do tempo, a proposta do técnico Joel Santana surtiu efeito e as tentativas do Botafogo se tornaram constantes. Aos 20 minutos, Alex ficou de frente com Fábio, que parou com coragem o chute do jovem centroavante. Em seguida, Somália surgiu bem na área, mas Fabinho chegou firme para travar o alvinegro.

A partida caminhava para o fim, mas o Glorioso não queria entregar barato a invencibilidade de oito partidas. Alex foi derrubado perto da área e criou chance de perigo, que Diguinho colocou por cima da meta. A luta do Alvinegro seguiu até o fim, com chute de Alessandro no canto esquerdo de Fábio que caprichosamente não entrou, mas o Cruzeiro segurou o ímpeto adversário e levou a vitória. Final, 1 x 0 e quebra da longa invencibilidade botafoguense.

FICHA TÉCNICA:

CRUZEIRO 1 X 0 BOTAFOGO

Estádio: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data/hora: 26/5/2010 – 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA)
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Belmiro da Silva (BA)
Renda/público: R$ 170.264,88/ 8.501
Cartões amarelos: Kléber, Fernandinho, Gil, Leonardo Silva, Guerrón (CRU); Fábio Ferreira, Diguinho (BOT)
GOL: Thiago Ribeiro, 18’/1ºT (1-0)

CRUZEIRO: Fábio, Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Fernandinho; Fabinho (Elicarlos, 27’/2ºT), Marquinhos Paraná, Henrique e Roger (Pedro Ken, 21’/2ºT); Thiago Ribeiro (Guerrón, 30’/2ºT) e Kléber. Técnico: Adilson Batista.

BOTAFOGO: Jefferson; Antônio Carlos, Fahel e Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Alex, intervalo), Lucio Flavio (Marcelo Cordeiro, 25’/2ºT), Renato (Diguinho, 25’/2ºT) e Somália; Edno. Técnico: Joel Santana.