As despesas com consumo de bens e serviços de saúde no Brasil atingiram R$ 283,6 bilhões em 2009. Este valor, que inclui gastos das famílias, do governo e de instituições sem fins lucrativos, correspondeu a 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) naquele ano e aponta um aumento de participação do setor em relação a 2008, quando essas despesas representavam 8,3% do PIB. Em 2008, os gastos com saúde totalizaram R$ 251,2 bilhões.
De acordo com a pesquisa Conta Satélite de Saúde, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse movimento pode ser explicado, em parte, “pela queda do PIB em volume nesse ano. Com isso, os gastos com saúde passaram a mobilizar uma parcela maior do PIB, por serem relativamente inelásticos”.
O documento também destaca que o aumento do consumo por parte da administração pública contribuiu para o ganho de participação do setor em relação ao PIB. Em 2008, o governo gastou R$ 107,4 bilhões com bens e serviços de saúde (3,5% do PIB), passando para R$ 123,6 bilhões em 2009 – fatia de 3,8% do PIB.
Enquanto isso, os gastos das famílias e das instituições sem fins lucrativos (igrejas, sindicatos e organizações não governamentais – ONGs) passaram de 4,7% (R$ 143,8 bilhões) para 4,9% (R$ 160 bilhões) do PIB.
Ainda segundo o levantamento, as despesas públicas per capita com consumo de bens e serviços de saúde foram de R$ 645,27 em 2009. Já as despesas per capita privadas foram de R$ 835,65 no mesmo ano.