Movimento só será encerrado quando Câmara de Vereadores aprovar projeto com proposta do prefeito
Servidores ligados a rede municipal de Educação se reuniram mais uma vez na tarde desta sexta-feira. 11, no auditório Joaquim Reis de Santana, no Sindspem, para deliberar sobre o movimento grevista deflagrado desde o dia 29 de maio. Por decisão da maioria, a greve termina se a Câmara de Vereadores aprovar projeto com a proposta do chefe do Executivo municipal.
No início da assembleia, a presidente Ana Flávia Teixeira, fez um breve histórico da luta e das reivindicações do sindicato nesses mais de 100 dias de paralisação, lembrando que com a união de todos foi possível avançar na questão do reajuste salarial do magistério que de 0%, subiu para 3, depois 5 e hoje a proposta é de 7%.
“Vocês lembram que quando a greve foi deflagrada tínhamos como resposta do Executivo municipal a proposta de 0% de reajuste. Com muita luta e o apoio dos servidores conseguimos mostrar que era possível ir além. Hoje a proposta é de 7%, mas nossa luta vai continuar porque a equiparação ao piso nacional do magistério é um direito que os professores têm”, explicou Ana Flávia.
O advogado do sindicato, Wesley Fantii de Abreu, também participou da assembleia, utilizando o recurso de videoconferência. Através do comunicador instantâneo Skype, o especialista na luta sindical opinou sobre a proposta do prefeito Március Beltrão de conceder apenas para o magistério 7% de reajuste salarial, valor acordado durante encontro entre o Sindspem e o chefe do Executivo municipal e intermediado pelo promotor de Justiça, Izadílio Vieira da Silva Filho.
“Acho que as reivindicações nesse momento avançaram e se o prefeito conseguir aprovar o reajuste na Câmara Municipal, o mais indicado é que a greve seja encerrada. No entanto, desistir de lutar pelos 13,01% é abrir mão do salário do qual vocês professores tem direito. A greve pode até ser encerrada, mas a luta deve continuar. É importante também que vocês, antes de decidirem encerrar o movimento, deixem claro como será a questão da reposição das aulas para evitar problemas no futuro”, declarou o advogado enfatizando que o cumprimento de direitos trabalhistas, como o pagamento de adicional de periculosidade para vigilantes e o tempo de serviço para merendeiras e serviçais será cobrado por meio de uma ação judicial.
Em seguida Ana Flávia Teixeira tomou a palavra novamente e consultou os servidores presentes sobre o que eles decidiram. A maioria, seguindo a recomendação do advogado Wesley Fantii, votou pelo encerramento do movimento grevista desde que a questão do reajuste e das outras reivindicações atendidas seja antes aprovada pela Câmara de Vereadores, o que deve acontecer já na sessão ordinária prevista para quinta-feira, 17.
Uma reunião com os técnicos da Educação que não conseguiram nada de reajuste será marcada nos próximos dias para que uma nova batalha seja travada entre o Sindspem e a prefeitura municipal. “Representamos aqui os interesses de todos os servidores, por isso não vamos desistir de nossas reivindicações”, finalizou Ana Flávia.
