Depois do duelo com Roger Federer, dentro de quadra, Rafael Nadal também trava outro fora dela. Atual número dois, o tenista espanhol precisa vencer a final de Roland Garros para voltar a ser o número um no ranking da ATP e deixar o suíco com o segundo posto. Federer foi eliminado numa fase anterior do famoso torneio fracês, mas tanto Soderling quanto Nadal venceram seus compromissos da semifinal e marcaram novo encontro para amanhã, na decisão do Grand Slam de Paris. Os inimigos declarados serão obrigados a se enfrentar novamente.
Nadal manteve a consistência do resto do torneio e teve até menos dificuldade para bater Jurgen Melzer do que enfrentou diante de Nicolas Almagro e de Thomaz Bellucci nas rodadas anteriores. Simplesmente ainda não perdeu nenhum set na competição. Ontem, só suou na terceira parcial, quando teve o saque à disposição para matar o jogo, não conseguiu ? nervoso, fez uma dupla falta em que a bola quicou em sua quadra antes de bater na rede ? e deixou o austríaco levar a decisão para o tie-break. Bom, aí voltou a ser o velho Nadal: 6/2, 6/3 e 7/6 (8/6).
“Acho que este foi o meu melhor jogo em Roland Garros e me sinto pronto para fazer a final”, disse o tenista espanhol depois de passar por cima de Melzer. “Descuidei-me apenas no final do terceiro set. Um erro bobo no primeiro ponto me deixou um pouco nervoso. Mas depois consegui dar a volta por cima.”
Resta ao número 2 do mundo se preparar emocionalmente para enfrentar seu algoz do ano passado. “O Soderling é um dos adversários mais perigosos do circuito”, admite Nadal. “Mas já superamos aquele jogo do ano passado e agora será uma partida completamente diferente.”
O confronto entre Soderling e Tomas Berdych colocou dois espelhos frente a frente. Jogadores de estilos semelhantes, bateram na bolinha sem timidez do início ao fim do jogo. O checo até esteve perto da vitória, mas pesou a maior experiência do sueco em jogos de cinco sets. Resultado final: 6/3, 3/6, 5/7, 6/3 e 6/3, em quase 3 horas de jogo.
Soderling está confiante. O que pode deixá-lo ainda mais perigoso. “É sempre bom jogar com alguém que você já venceu antes. Sei que posso bater o Nadal. Já mostrei isso antes”, afirmou o sueco.
Final feminina. Hoje Roland Garros conhecerá a campeã da edição 2010 do torneio. Será uma tenista que nunca levantou a taça de um Grand Slam. A italiana Francesca Schiavone (17.ª do mundo) desafia a boa fase de Samantha Stosur (7.ª).
A australiana passou pelas favoritas Justine Henin, tetracampeã no saibro parisiense, e a atual número 1 do mundo, Serena Williams, no caminho até a decisão.
A seu favor, uma coincidência. No único título de sua carreira, em Osaka, no ano passado, ganhou a taça após uma vitória exatamente sobre Francesca Schiavone. “Espero que isso seja um sinal”, disse. Stosur também detém o melhor retrospecto no saibro na temporada: 20 vitórias e apenas duas derrotas.
A italiana, de 29 anos, não acredita no momento mágico que vive. “Já nem esperava mais ir tão longe em um Grand Slam”, admite. “Agora já começo a pensar que posso vencer um.”