Única cidade moderna reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Brasília ganha hoje (16) mais uma ferramenta de divulgação de seus atrativos arquitetônicos, naturais e históricos na internet.
A novidade do Museu Virtual de Brasília em relação a outros sites é, segundo seus criadores, empregar conceitos da museologia e do turismo para contribuir com a educação patrimonial ao mesmo tempo em que promove a cidade, estimulando entre os que não conhecem a capital federal o desejo de visitá-la. Entre os vários documentos históricos reproduzidos, há, por exemplo, a defesa que Lúcio Costa fez do seu projeto com a comissão julgadora dos 26 projetos que concorreram ao concurso nacional do Plano Piloto para a nova capital do Brasil em março de 1957.
Apresentando Brasília como uma galeria a céu aberto por conta do projeto urbanístico de Lúcio Costa, das construções projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, da proposta paisagística de Burle Marx e da proximidade com o poder político, o museu virtual registra um pouco dos 51 anos de história do Distrito Federal.
Além de informações sobre a cidade, arte, cultura e turismo, uma série de vídeos registra o depoimento de alguns dos chamados “candangos”, os primeiros migrantes a se mudar para o Planalto Central e a ajudar a construir a cidade. Também é possível fazer um tour virtual por conhecidos pontos turísticos da capital, como o Congresso Nacional, a Catedral e o Lago Paranoá visto a partir da Ponte JK
O site já está disponível e pode ser acessado no endereço www.museuvirtualbrasilia.org.br, mas seus criadores deixam claro que o projeto ainda está em construção. O lançamento é parte das comemorações da 9ª Semana Nacional de Museus, que teve início hoje e segue até o próximo dia 22, com uma extensa programação em todo o país.
O projeto foi desenvolvido pela equipe do Instituto Viva Capital, em parceria com a Casa da Cultura da América Latina da Universidade de Brasília (UnB) e com o Arquivo Público do Distrito Federal, que cedeu grande parte do material magnético. Além disso, contou com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC).