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Cultura

Museu Nacional/UFRJ prevê entrega de biblioteca científica em março

Acervo é de mais de 500 mil volumes, incluindo obras raras

Uma das mais importantes bibliotecas científicas do país, a Biblioteca Central do Museu Nacional/UFRJ tem entrega prevista para o mês de março, após passar pela maior obra de reforma e ampliação de sua história, orçada em R$ 20,6 milhões.

A biblioteca conta com um acervo de mais de 500 mil volumes, incluindo obras raras que pertenceram à família imperial. Ela está localizada no Horto Botânico da Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro, e terá mais de 1,2 mil metros quadrados de área útil.

As informações constam no balanço de ações do projeto Museu Nacional Vive, divulgado nesta semana pela instituição. A estrutura da biblioteca será reforçada com novas salas multiuso, novos gabinetes para professores, um auditório com 120 lugares e sistemas modernos de dados, câmeras e prevenção de incêndio.

O prédio vai abrigar ainda a Biblioteca Francisca Keller, especializada em antropologia, o Centro de Documentação de Línguas Indígenas (CELIN) e a Seção de Arquivo e Memória do Museu Nacional/UFRJ (Semear).

Palácio da família imperial
Desde o incêndio no Paço de São Cristóvão, em setembro de 2018, os trabalhos de recuperação do acervo e restauração do prédio do Museu Nacional têm apontado para a concentração das exposições no palácio, que já foi moradia da família imperial, e o remanejamento de atividades de ensino e pesquisa para um campus exclusivamente dedicado a isso.

O campus também tem entrega prevista para este ano e ficará ao lado da Quinta da Boa Vista, em um terreno de 43,4 mil metros quadrados, que já abriga o módulo administrativo do Museu desde 2020.

No ano passado, avançaram as obras para instalação dos departamentos de Pesquisa, de um novo Centro de Visitantes (Estação Museu Nacional) e do Laboratório Central de Conservação e Restauração. Esse último teve sua construção finalizada em outubro de 2022, e foi planejado para ser o espaço de guarda e tratamento de acervos que irão compor as novas exposições de longa duração do museu.

O palácio, que foi atingido pelas chamas em 2018, teve a fachada de seu primeiro bloco entregue no ano passado, marcando a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil. Neste ano, serão iniciadas as reformas nas fachadas e coberturas dos blocos 2, 3 e 4.

O bloco 1, que inclui a fachada frontal do palácio, já chama a atenção de visitantes da Quinta da Boa Vista com sua pintura original, em amarelo ocre, totalmente restaurada, e réplicas em argamassa das 30 esculturas originais que se destacam na cobertura. As peças verdadeiras, de mármore de Carrara, passaram por restauração e farão parte do acervo histórico do museu.

A entrega completa do Museu Nacional, com reabertura plena, está prevista para o triênio 2024/2027. O orçamento total chega a R$ 433,3 milhões, e a restauração do palácio é a parte que requer maior investimento – de R$ 296,2 milhões.

Do total previsto no orçamento, 61% já foram assegurados com recursos federais, estaduais e privados. Restam ainda a captar R$ 168 milhões.-