Gestores de prédios públicos de Alagoas, participaram nesta quarta-feira (04), do Ciclo de Palestras sobre Eficiência Energética, onde especialistas apresentaram formas de mudança de hábitos que contribuem para a redução do valor da conta energética. O evento foi realizado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), em parceria com a Eletrobrás Distribuição Alagoas, Consórcio Intermunicipal para Gestão em Iluminação Pública (CIGIP) e Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).
Marcelo Beltrão, presidente da AMA, lembrou que já foi gestor da Eletrobrás e ressaltou a importância de conversar sobre energia pública. “A energia é um dos grandes ralos dos municípios existe muitos gastos com isso”, falou o presidente da AMA.
Segundo o secretário da Seplande, Luiz Otavio Gomes, o evento contribui para que o desperdício de energia seja evitado. “Alagoas precisa reduzir os gastos com energia. Além da quantia economizada, poder ser investidas em outras áreas”, ressaltou.
O diretor da Eletrobrás-RJ, José Carlos Medeiros, explicou que não é apenas desligar as lâmpadas que se diminui os gastos com energia elétrica, mas também a mudança de equipamento que contribuam para a redução dos custos.
“Se o gestor tem o costume de deixar uma lâmpada acesa durante todo o dia e resolve apagar ao sair da sala, ele vai economizar sim, mas não da forma correta. Se ele instala um sensor de presença, ele não precisa se preocupar, por que o equipamento só gastará a energia necessária para aquele momento”, explica.
Mudança de equipamentos
Um dos pontos abordados durante as palestras, foi a utilização de lâmpadas fluorescentes e a de tecnologia LED. Para o gerente de Eficiência Energética da Eletrobrás-AL, Marcelo Ximenes, disse que necessário avaliar o custo-benefício, pois as lâmpadas de LED possuem um preço elevado. Segundo ele, a diferença de preço pesa na escolha do consumidor. Enquanto as lâmpadas com tecnologia LED custam, aproximadamente, entre 50 a 100 reais, as lâmpadas fluorescentes (tubulares e compactas) custam entre 6 a 15 reais, a depender do fabricante.
“As lâmpadas de LED elas reduzem o consumo de energia e possui uma maior vida útil, chegando a mais de 30 mil horas, enquanto as fluorescentes chegam a 15 mil horas. Mas, o valor, por enquanto, não compensa. Daqui à alguns anos, é comum os preços reduzirem, então futuramente será mais viável.”, explica.
Marcelo Ximenes também orientou os gestores públicos a adquirirem produtos que possuam o selo PROCEL, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, lançado pelo governo federal que tem o objetivo de orientar o consumidor no ato da compra, indicando os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria, proporcionando, assim, economia na conta de energia elétrica.
Um exemplo citado por ele, foi a diferença entre condicionadores de ar, o Janela e o Split. “Dois ar-condicionado com 7.500 BTUS, possuem uma grande diferença no consumo energético. O Split possui a diferença de 2,5 na redução do consumo energético, além da comodidade em ser silencioso e ocupar menos espaço físico”, finaliza.