Com recursos na ordem de R$ 4 bilhões para investimentos em infraestrutura em todo o país, o PAC 2 vai beneficiar centenas de municípios que apresentarem projetos, principalmente para obras de saneamento. O trabalho não é simples e requer cuidados nos itens solicitados. “Qualquer erro pode inviabilizar o projeto”, disse o superintendente da Funasa em Alagoas, Roosevelt Patriota.
Para apresentar as exigência do programa e as novas regras do Governo Federal, o superintendente nacional de engenharia da Funasa, Ruy Gomide, o chefe da engenharia em Alagoas, Diógenes Braga, o vice-presidente de engenharia da Casal, Osmar Lisboa e o superintendente de engenharia, Luis Emanuel participaram de uma reunião na AMA para explicar aos gestores o que fazer para assegurar a execução dos projetos.
“Não queremos correr os riscos dos erros de procedimento que existiram na primeira edição do programa. Prova disso é que muitos projetos ainda estão sendo alvo de análise”, comentou o engenheiro Ruy Gomide, acrescentando que o valor mínimo por proposta é de R$ 1 milhão para investimentos em água e esgoto.
Para o prefeito de Tanque D`arca, Roney Valença, a falta de estrutura na Funasa também contribui para a demora na avaliação dos projetos.” Estou com um projeto para construção de casas aprovado desde janeiro, mas até agora não nos liberaram os recursos. O engenheiro contratado para gerenciar a questão da água não pôde dar sequência ao trabalho devido à grande demanda, já que são muitos os municípios. Ou seja, por conta disso, certamente não conseguiremos atender os prazos expostos nesta reunião”, desabafou.
O engenheiro Ruy Gomide admite a dificuldade de pessoal por parte da Funasa. ” Realmente enfrentamos este problema, mas também esbarramos na questão jurídica, para contratação legal de novos engenheiros. Não é uma tarefa fácil, mas estamos mostrando ao governo federal que o caso da Funasa é uma excepcionalidade e que requer a realização de concurso público`, comentou.
Essa parceria entre a AMA e os órgãos estaduais e federais é importante para que possamos dar respostas mais rápidas aos prefeitos, disse o presidente da AMA,Abrahão Moura. O prefeito Alay Correia, que também participou da reunião disse que o esforço precisa ser conjunto, porque Alagoas é um estado com um alto índice de carência e seus municípios dependem dos recursos federais para promover o desenvolvimento.