O Brasil conquistou mais duas medalhas de ouro no penúltimo dia do Mundial de natação paralímpica de Manchester (Inglaterra). As conquistas vieram com a potiguar Cecília Araújo, da classe S8 (limitação físico-motora), e com a pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão).
Além dos títulos de Cecília e Carol, o Brasil garantiu duas pratas – com a mineira Patrícia Pereira, nos 50 metros livre da classe S4 (limitação físico-motora), e com o fluminense Daniel Mendes, nos 50 metros livre S6 (limitação físico-motora) – e mais quatro bronzes – com a paraense Lucilene Sousa, nos 100 metros livre S12, com o paulista Gabriel Cristiano, nos 50 metros livre S8, com a gaúcha Susana Schnarndorf, nos 50 metros livre S3 (limitação físico-motora), e com o revezamento misto 4×100 metros medley 34 pontos.
Com estas conquistas o Brasil chegou ao total de 36 pódios no torneio (12 ouros, 10 pratas e 14 bronzes) e ocupa a quarta colocação do quadro de medalhas. A liderança é da Itália, a China está em segundo e a Ucrânia está em terceiro.
O ouro de Cecília foi o segundo conquistado no Reino Unido em um período de 24 horas. Após subir ao lugar mais alto do pódio nos 100 metros livre na última quinta-feira (3) ela se sagrou tricampeã mundial (Cidade do México, Ilha da Madeira e Manchester) nos 50 metros livre da classe S8 com o tempo de 30s03, novo recorde das Américas.
“Faltaram três centésimos para eu chegar à marca de 29 segundos, que é a minha meta. Mas fico feliz porque sei que vou conseguir em breve. Tive algumas falhas na prova. Então, os 29 segundos estão dentro de mim. Esse tempo é real. Sempre queremos mais, mas tenho que agradecer por ter feito o melhor tempo da vida e conquistado mais um título”, disse a potiguar.
Já Carol Santiago disputou sua sexta prova em cinco dias de Mundial, subindo ao pódio em todas. Foram quatro ouros (100 metros livre, costas e borboleta, além dos 50 metros livre), uma prata (100 metros peito) e um bronze (revezamento 4×100 metros medley 49 pontos). A última medalha dourada até aqui veio nos 100 metros livre, com o recorde da competição: 58s87.
“Acordei me sentindo um pouco mais cansada hoje. Confesso que foi mais psicológico do que fisicamente. O programa é muito longo. Mas, à tarde, já estava mais organizada. Comemorei com o Léo [Leonardo Tomasello, técnico], pois fiz bem a primeira metade da prova. Ele me disse que estou no caminho certo e posso nadar ainda melhor nos Jogos Paralímpicos de Paris”, explicou a pernambucana.