A iniciativa de assistir ao jogo das quartas de final, na noite desta sexta-feira (tarde no Brasil), no Mohamed Bin Zayed, partiu dos próprios jogadores no dia em que o Inter chegou à capital dos Emirados Árabes. De pronto, o técnico Celso Roth comprou a ideia e possibilitou que toda a delegação fosse até o palco do jogo que definiu o adversário na semifinal do Mundial, que será realizada na próxima terça (14/12), às 14h (horário de Brasília), no próprio Bin Zayed.
Conhecendo o inimigo
Do setor VIP do estádio, os campeões da América acompanharam de perto a movimentação do TP Mazembe, da República Democrática do Congo, que venceu os mexicanos do Pachuca por 1 a 0, com um gol marcado aos 13min do primeiro tempo por Bedi, em um belo chute cruzado da direita.
Apesar do time do México ter tomado a iniciativa desde os primeiros minutos da partida – principalmente com o habilidoso meia-atacante argentino Manso, o cabeça pensante do time, que chegou a acertar um chute de efeito na trave quando o placar ainda esta zerado -, o Mazembe foi letal ao marcar o gol. O Pachuca demorou muito para assimilar o revés e voltou a oferecer perigo somente no final do primeiro tempo. Porém, não conseguiu empatar o jogo e por pouco não levou o segundo em um chute de Singuluma que passou rente à trave.
Pachuca e Mazembe fizeram um jogo bastante movimentado
Na etapa final, os mexicanos se lançaram ao ataque, mas o sistema defensivo do time do Congo mostrou-se muito eficiente, com destaque para a atuação do zagueiro Mihayo pelo lado esquerdo. O irreverente goleiro Kidiaba também fez defesas sensacionais, muitas delas acrobáticas, que frearam as tentativas de reação do adversário. Com a vantagem no placar, o Mazembe apostou nos contra-ataques e quase ampliou na etapa final, quando o goleiro Calero salvou em grande defesa.
Com os olhos fixos em cada lance, os jogadores do Inter trocavam ideias entre eles sobre o plano tático do futuro adversário. Também confabularam sobre jogadores específicos do Mazembe que devem merecer atenção especial na partida de estreia, como o veloz e técnico trio ofensivo formado por Kaluyituca (nº 15), Singuluma (nº 10) e Kabangu (nº 11).
Para não repetir o mesmo erro
Após o jogo, o vice-presidente Fernando Carvalho comentou suas impressões sobre a partida. Para o dirigente colorado, o Pachuca subestimou o adversário africano ao apostar em improvisações no time, dando a entender que acreditava em um jogo fácil. “O atacante Luna atuou como ala pela esquerda e os meias Peña e Martínez como volantes. Jogaram o primeiro tempo sem nenhuma contenção na sua intermediária, permitindo aos africanos liberdade para as ações ofensivas. Não podemos fazer que nem os mexicanos e achar que a partida vai ser fácil. É um time que joga com muita velocidade e também marca bem. Serviu de lição este jogo”, avaliou Carvalho.
Sobis conhece bem o campo
O atacante colorado atuou por duas temporadas no estádio Mohammed Bin Zayed defendendo o Al-Jazira. Na chegada ao estádio, Rafael Sobis falou sobre os detalhes do gramado: “É muito bom jogar neste estádio. A iluminação é perfeita, a torcida fica próxima ao campo. Estou muito animado, pois vivi bons momentos aqui”, disse. Durante a partida, torcedores árabes tiraram fotos com o camisa 11 do Inter, evidenciando que ele foi um ídolo durante a passagem pelo futebol árabe.
Dossiê TP Mazembe
O Inter já tem preparado há algum tempo um relatório com diversas informações sobre o Mazembe. Após a classificação africana, o time colorado aprofundará ainda mais a pesquisa sobre o primeiro adversário no Mundial. O técnico Celso Roth requisitou, inclusive, o vídeo da partida contra o Pachuca. “Não dá para deixar eles ficarem livres de marcação no meio-campo como ocorreu hoje. É um time muito rápido”, analisou o treinador