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Sergipe

Mulher mata filhas gêmeas depois de dar a luz

As duas meninas estavam dentro de um saco plástico

Uma mulher identificada como Josefa Alexandra de Jesus, 28, é acusada de assassinar as filhas gêmeas, logo após o parto, na madrugada desta segunda-feira, 28, no povoado Candeia Grande, no município de Simão Dias, localizado a 105 km da capital Aracaju. As duas meninas foram encontradas dentro de um saco plástico, escondido entre os pertences da acusada, no guarda-roupa da casa.

De acordo com o depoimento de familiares à polícia, Alexandra morava com o filho de 10 anos de idade e aparentava ter problemas psicológicos. Grávida de 9 meses, ela se trancou no banheiro e entrou em trabalho de parto. Sozinha, ela conseguiu trazer ao mundo duas meninas que assim que nasceram foram jogadas dentro de um saco plástico e escondidas dentro do guarda-roupa.

O caso veio a tona nas primeiras horas da manhã de hoje, 29, após um familiar da jovem notar que sua barriga havia diminuído. Além de estar muito agitada, a acusada não largava as chaves do guarda-roupa e repetia a todo tempo que não queria que ninguém mexesse em suas coisas.

Curioso e estranhando a situação, um cunhado de Alexandra resolveu abrir o guarda-roupa para verificar o que tinha lá de tão secreto que estava deixando a jovem tão agitada. “Foi Reprodução Portal Infonethorrível. Nunca vi uma cena daquela. Quando abri o guarda-roupa vi embaixo de algumas roupas o saco com as duas meninas já sem vida. Eram lindas. Lamento muito tudo isso”, contou o jovem em estado de choque.

A polícia e uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados e estiveram no local para realizar os primeiros levantamentos. Constatado o óbito nas meninas, elas foram levadas para o Instituto Médico Legal de Aracaju para serem submetidas à necropsia, enquanto que Alexandra foi conduzida pela polícia para um hospital, na capital sergipana, para receber atendimento médico devido ao estado agressivo em que se encontrava.

Populares contaram à polícia que essa não foi a primeira vez que um crime desse tipo era cometido pela jovem. Segundo eles, há alguns anos atrás ela (Alexandra) teve um filho quePortal Infonet matou e enterrou no quintal de sua própria casa.

O delegado Fábio Pimentel, titular da delegacia de Simão Dias, contou que após o parto, algumas mulheres desenvolvem o estado puerpério, o que pode levar a mãe a matar o filho. Caso seja confirmada que a jovem encontrava-se no estado puerperal no momento do crime, ela responderá pelo de infanticídio e não por homicídio. O delegado contou também que a outra denúncia feita por vizinho da jovem também serão apuradas.

Esclarecimentos necessários

Infanticídio – O Infanticídio é um crime semelhante ao homicídio, onde ocorre a destruição da vida do neonato pela mãe, que se encontrara, no momento da consumação do crime, sob influência do estado puerperal;

Estado puerperal – O estado puerperal é o período pós-parto ocorrido entre a expulsão da placenta e a volta do organismo da mãe para o estado anterior a gravidez. Há quem diga que o estado puerperal dura somente de 3 a 7 dias após o parto, mas também há quem entenda que poderia perdurar por um mês ou por algumas horas. A mãe em estado puerperal pode apresentar depressão, não aceitando a criança, não desejando ou aceitando amamentá-la, e ela também fica sem se alimentar. As vezes a mãe fica em crise psicótica, violenta, e pode até matar a criança, caracterizando crime de infanticídio (cf. art. 123, CP).