Uma mulher de 37 anos foi presa nesta quinta-feira, 17 de outubro, pelo Núcleo de Investigação Especial da Delegacia Geral (NIESP), sob coordenação do delegado Sidney Tenório, na cidade de Piaçabuçu, Alagoas. A detida, que vivia de forma discreta e mantinha um emprego em uma ótica no centro da cidade, mudou constantemente de aparência para evitar ser identificada.
De acordo com as informações policiais, a investigação revelou que a criminosa utilizava diversos apelidos no gerenciamento de uma facção e estava sob vigilância das autoridades há muito tempo.
“A mulher possui um histórico extenso no mundo do crime. Em 2019, foi flagrada comandando o tráfico de drogas em Cotia, São Paulo, sendo presa em flagrante. Já em 2020, foi identificada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) como a segunda no comando do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Alagoas, liderando um grupo feminino dentro da facção. Na ocasião, foi denunciada e condenada a 7 anos e 6 meses de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa. Durante esse período, coordenava operações entre Alagoas e o litoral sul de São Paulo por meio de videoconferências via WhatsApp”, explicou o delegado Sidney Tenório.
Ainda segundo a polícia, além dos crimes relacionados ao tráfico, a mulher é acusada de ordenar a morte de duas adolescentes em Maceió, em 2020, por pertencerem a uma facção rival.
“O mandado de prisão cumprido nesta quinta-feira está relacionado a um desses casos, em que uma adolescente supostamente ligada ao Comando Vermelho (CV) foi capturada no conjunto Cidade Sorriso I, no bairro Benedito Bentes, na capital alagoana. Ela foi submetida a um ‘tribunal do crime’, liderado pela suspeita, e acabou sendo executada. O corpo da vítima foi enterrado em uma cova rasa e encontrado dias depois em avançado estado de decomposição. Imagens do ‘julgamento’ registrado pela facção integram os autos do processo”, finalizou o delegado.
Após ser presa, a mulher foi encaminhada ao Centro Integrado de Segurança Pública de Penedo, onde deve passar por audiência de custódia antes de ser transferida para o sistema prisional alagoano.