Mulher é mantida em cárcere privado por mais de 23 horas
O cárcere privado de Cristielane Caetano Mota Santos, 21 anos, já dura mais de 26 horas. Na manhã desta segunda-feira, 18, José Elígio, de 24 anos, invadiu armado com um revólver a casa da ex-mulher, na Rua Tenente Wendel Quaranta, bairro Suíça, localizado na capital Aracaju, e a rendeu por causa do fim do relacionamento.
Ainda na manhã de ontem, 18, Cristielane Caetano chegou a ser atingida por um tiro de raspão na perna esquerda, disparo efetuado pelo seu ex-marido que a mantem refém sob a mira do revólver. De acordo com as informações prestadas por populares, o casal viveu junto há sete anos e há apenas 20 dias, por desejo de Cristielane, o relacionamento teve fim. Dessa relação nasceu uma criança, um menino que hoje tem cinco anos de idade e que estava na escola no momento que seu pai invadiu a casa da vítima.
Sequestrador autoriza entrada de médicos na casa
Durante toda a madrugada, o cárcere privado foi acompanhado pela polícia que negocia com José Elígio, que em um certo momento apresentou sinais de cansaço e deu a entender que se entregaria, fato que não aconteceu. Por volta das 2 horas da manhã, uma equipe de médicos do SAMU foi autorizada a entrar na residência para realizar curativos no ferimento de Cristielane, que reclamava de dor.
Às 3h30min da manhã um forte esquema de segurança foi montado para que uma tia da vítima pudesse entrar na casa, atendendo ao pedido de Cristielane. Por poucos minutos as duas conversaram e a senhora foi retirada da casa para que não se tornasse uma nova vítima do sequestrador.
De acordo com o coronel Enílson Aragão, a tática da polícia é vencer o sequestrador pelo cansaço e para isso algumas medidas já foram tomadas como o corte no fornecimento de água e energia da casa. O coronel declarou também que por volta das 23 horas o sequestrador apresentou sinais visíveis de cansaço, no entanto, rapidamente recobrou as energias e permanece irredutível.
José Elígio perguntou quanto tempo pode pegar de prisão pelo crime
José Elígio perguntou a um policial, ainda durante a madrugada, quanto tempo ficaria preso pelo crime. “Ele não fez nenhuma exigência para se entregar, no entanto, ameaça matar a mulher caso a polícia invada a residência”, declarou um dos policiais que participam da negociação com o sequestrador.
Os médicos que entraram durante a madrugada na casa contaram à polícia que José Elígio utiliza a vítima como escudo e que não tira a arma da cabeça da jovem.
Como o sequestrador não impede a entrada dos médicos na casa, os policiais do Complexo de Operações Especiais – COE e os delegados da Polícia Civil, estudam a possibilidade de mandar um policial disfarçado de médico entrar na casa para tentar imobilizar José Elígio.
Atualizado às 14:00
* Em breve mais informações