Com a troca no comando do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) espera avanço da reforma agrária este ano em comparação a 2011. A presidenta Dilma Rousseff anunciou na noite de sexta-feira (9) a saída de Afonso Florence do comando da pasta, que será substituído pelo deputado federal Pepe Vargas (PT-RS).
De acordo com Alexandre Conceição, integrante da Coordenação Nacional do MST, apenas 22 mil famílias foram assentadas no ano passado, um dos piores resultados dos últimos 16 anos. Em Pernambuco, continuou Conceição, de 15 mil famílias acampadas, somente 102 foram assentadas. Na avaliação dele, a substituição é um sinal de que a presidenta também não estaria satisfeita com o número.
“Ela [presidenta Dilma Rousseff] também reconhece que em 2011 não foi feito nada pela reforma agrária”, disse à Agência Brasil. “Esperamos que [o novo ministro] possa fazer acelerar a reforma agrária. Independente do ministro A ou B sempre vamos colocar na pauta”, acrescentou.
Na nota, a presidenta agradeceu o trabalho de Florence, que volta a cumprir mandato na Câmara dos Deputados. O Palácio do Planalto não deixou claro se a saída foi a pedido do próprio Florence.
“O ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado Afonso Florence, está deixando o cargo depois de dar importante colaboração ao governo e ao país. Na pasta, conduziu com dedicação e eficiência ações que fortaleceram a agricultura familiar e contribuíram para a redução da pobreza no campo e para a promoção da inclusão social”, diz o texto divulgado pela Presidência da República.