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Negócios/Economia

MPT dá prazo para usina do Grupo Toledo apresentar solução para salários atrasados

A usina informou que apenas terá recursos a partir do mês de outubro

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas concedeu prazo de 5 dias para a usina Sinimbú, pertencente ao Grupo Toledo, apresentar propostas concretas que solucionem o atraso no pagamento de salários de seus trabalhadores. Cerca de mil empregados da usina ainda não receberam os pagamentos totais dos meses de junho, julho e agosto deste ano.

A procuradora do Trabalho Rosemeire Lobo, mediadora da audiência realizada na tarde da última segunda-feira, 22, entre representantes da usina e trabalhadores, também solicitou que a usina apresente, no prazo de 20 dias, soluções definitivas para os pagamentos de salários de 2015 e 2016 dos trabalhadores. O objetivo do MPT é que a usina Sinimbú firme um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para formalizar o compromisso de pagar seus empregados em dia.

Durante a audiência, os representantes da usina reconheceram que a empresa não tem condições atuais de honrar com os pagamentos, mas informaram que um empréstimo adquirido pelo Governo Federal para o incentivo ao setor Sucroenergético deve solucionar o impasse nos atrasos salariais. A usina informou, no entanto, que apenas terá recursos para honrar com os pagamentos a partir do mês de outubro.

As propostas da usina quanto ao pagamento dos salários e à assinatura do TAC serão discutidas durante audiência no dia 13 de setembro deste ano, na sede do Ministério Público do Trabalho (bairro de Jatiúca)

Funcionários da Usina Paisa, que também pertence ao Grupo Toledo, também enfrentam problemas de salários atrasados. Eles cobram um posicionamento da empresa sobre o caso e prometem repetir os protestos que por diversas vezes já foram realizados em diferentes localidades da região.