O promotor de Justiça Jorge Dória instaurou um novo Inquérito Civil Público com objetivo de apurar irregularidades administrativas supostamente praticadas pelo prefeito de São José da Laje, Márcio José da Fonseca Lyra, o “Duduí”, e o vice-prefeito José Wilson Moraes de Andrade. O Ministério Público Estadual investigará a celebração de acordo ilegal para pagamento de despesas indevidas; contratação sem licitação e ilegal de uma empresa de transporte fantasma; compra de combustível em postos de outra cidade e sem licitação; doação fraudulenta de imóveis da Prefeitura, entre outros problemas.
Em menos de um mês é a segunda investigação aberta pelo MPE para apurar problemas na gestão administrativa do município. No outro inquérito, o promotor investiga se o prefeito agiu com má-fé ao celebrar um acordo administrativo no valor de R$ 366 mil entre o município e a servidora Maria Izabel da Fonseca Ferreira, mãe dele. Até agora foi notado que os cálculos utilizados tomaram como base informações unilaterais e distorcidas fornecidas exclusivamente pela autora da ação de cobrança. Sem esquecer de informar que o acordo em questão foi feito de forma nebulosa, sem o acompanhamento da Justiça.
As novas denúncias de irregularidades e atos de improbidades administrativas foram feitas pelo vereador Marcos José de Andrade Rocha e pelo presidente municipal do Partido Verde, José Valério da Silva. Eles também denunciaram a agregação de veículos para favorecer apadrinhados políticos; desvios de verbas “carimbadas” da Saúde e da Educação; atraso injustificado no pagamento dos salários dos servidores públicos municipais; apropriação indébita dos valores descontados dos funcionários nos empréstimos consignados; descumprimento da obrigação de remeter as prestações de contas do município para o Tribunal de Contas e a Câmara de Vereadores e enriquecimento ilícito.
Para o promotor de Justiça, é preciso investigar a veracidade das denúncias, já que foi constatada a existência de indícios de que as condutas praticadas pelo prefeito e pelo vice-prefeito estão configurando como atos de improbidade administrativa previstos em lei. “É função institucional do Ministério Público a defesa do patrimônio público e da moralidade administrativa, por isso vamos instaurar este Inquérito Civil Público destinado a investigar os fatos e colher informações complementares, para a a adoção das medidas judiciais cabíveis”, explicou.