O Ministério Público Estadual, através do procurador-geral substituto, Sérgio Jucá, apresentou duas denúncias contra o prefeito de Santana do Mundaú, Elói da Silva, por ato de improbidade administrativa. O MPE pede ao Tribunal de Justiça o imediato afastamento do prefeito e das pessoas envolvidas nas fraudes, bem como a perda do cargo e o ressarcimento dos bens públicos que foram desviados. As investigações apontam que os envolvidos estão utilizando dos cargos para fazer desaparecer e desqualificar provas dos crimes. No total quase R$ 150 mil foram utilizados sem nenhuma comprovação da prestação do serviço.
No primeiro caso, ele e o secretário municipal de Finanças, José Marques Ferreira, emitiram cheques em nome da Prefeitura para pagar contas sem nenhum procedimento administrativo. Foram emitidos ao todo 28 cheques que totalizam aproximadamente R$ 22,6 mil. Todo o material que foi apreendido na sede da Prefeitura constata que as despesas não tinham sequer a apresentação de notas fiscais, fora uma quantidade enorme de recibos assinados em branco. Na documentação encontrada é possível notar a ausência da abertura de empenho, da falta de atesto de que os serviços foram realizados, nem tampouco a assinatura do ordenador de despesa.
No segundo fato, o prefeito contratou sem licitação uma empresa de consultoria contábil por R$ 98 mil, além de fracionar mais de R$ 24,5 mil na compra de material de construção para dispensar licitação – o que é proibido por lei. Neste caso, o prefeito alegou a necessidade de um serviço de assessoria na área de contabilidade, mas não explicou o motivo pelo qual escolheu a empresa, muito menos a fórmula utilizada para aferir o elevado pagamento. Nesta denúncia também são acusados José Marques Ferreira e o secretário de Gestão Pública, José Elson da Silva, o diretor de Contabilidade Valmir Cavalcanti Lima e o empresário Clarício Alvim Bulgarim.