O Promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, acusado de pedofilia e abuso sexual, contra sua própria filha e de uma enteada, teve sua demissão pedida pelo procurador-geral de Justiça de Alagoas, Eduardo Tavares, na última quarta-feira (17).
Eduardo Tavares encaminhou ao Tribunal de Justiça, o pedido de demissão do promotor, que chegou a ser preso previamente, por decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, que algum tempo depois, graças a um habeas corpus concedido pelo próprio Tribunal, passou a responder o processo em liberdade.
O Ministério Público Estadual denunciou Carlos Fernando por abuso sexual contra sua própria filha, que segundo informações constantes no processo, realizou o ato criminoso com a menor, por 10 anos, dos 12 aos 22 anos e a enteada, quando menor de idade. O acusado, respondeu administrativamente ao inquérito, que desde o inicio das investigações pediu a sua expulsão do cargo de promotor. A violência sexual conta com alguns agravantes, visto que a vítima foi a própria filha do acusado, e o mesmo era o responsável pela Vara da Infância e da Adolescência no município de Anadia, distante 98 km da capital Maceió.
Na denúncia consta a informação de que até a filha do acusado completar 21 anos, não houve penetração vaginal, fato que serviu como base para as alegações da defesa, que partia da premissa que a jovem ao atingir a maior idade era capaz de responder por seus atos, consentindo ou não com a relação sexual. Já em relação à enteada, as acusações foram mais fortes e melhor fundamentada, pois fazia parte do material probatório, fotos e vídeos em que Carlos Fernando aparece fazendo sexo com a mesma.
Um fato que chamou a atenção dos membros do Ministério Público e de todos que tomaram conhecimento do julgamento, foi a declaração do advogado do acusado que afirmou que seu cliente tem uma doença que aumenta seu apetite sexual, chegando a ser fora do normal, e complementou dizendo: “Por isso ele está passando por tratamento. Mas não se trata de pedofilia. Ele apenas tem fetiches sexuais”, argumentou o advogado.
