
Inimigo número um da juventude. Foi assim que os manifestantes do Movimento “Caras Pintadas” definiram o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB). Enquanto o atual Governador e candidato a reeleição cumpria compromissos de campanha no interior do Estado, um grupo de pessoas ligadas ao Movimento “Caras Pintadas” realizava um protesto pelas principais ruas do centro da capital Maceió.
Os “Caras Pintadas” fizeram um enterro simbólico do governador, como forma de protesto pelo suposto desvio de recursos oriundos do Governo Federal que seriam destinados a ações em prol da juventude alagoana, como por exemplo, o Pro-jovem urbano.
O coordenador do Movimento, Raudrim de Lima, falou com a imprensa e declarou que foi feito um dossiê que aponta diversas irregularidades na gerência do Pro-jovem urbano. Perguntado sobre quais seriam essas irregularidades, Raudrim disse que poderia citar como exemplo, a contratação irregular de uma empresa privada para capacitar profissionais e assumir parte da direção do programa, o que segundo ele, é ilegal perante as normas que regem o programa.
“O programa tem um conselho que é formado por várias secretarias. Com a contratação dessa empresa particular, todo o trabalho foi engessado. Não houve nenhum tipo de lisura em relação a esse processo. Foi o maior esquema de corrupção em relação aos recursos do Pro-jovem Urbano”, denuncia.
Operação Navalha
Raudrim de Lima, também fez sérias acusações contra o governador Teotônio Vilela Filho. Ele acusou Téo Vilela de envolvimento no grupo criminoso suspeito de desviar recursos federais. Segundo informações do coordenador do Movimento, o esquema foi desarticulado pela Polícia Federal que desencadeou a conhecida “Operação Navalha”.
As denúncias não pararam por aí. Raudrim declarou ainda que quando foi convidado para assumir a superintendência de Políticas Públicas da Juventude de Alagoas, em Brasília, ouviu uma pessoa muito próxima ao governador dizer que iria sair para se encontrar com empreiteiros para tratar de negociações de dívidas oriundas da campanha de Téo Vilela.
De posse de um dossiê, que segundo ele, comprova essas denúncias, Raudrim de Lima informou que na próxima segunda-feira (23), vai procurar a Corregedoria da Justiça Federal para formalizar a denúncia contra o governador.
Governador se pronuncia
O governador Teotônio Vilela Filho, se pronunciou por meio de sua assessoria de comunicação, que rebateu as acusações. “O governador não tem ligação em nenhuma espécie de esquema de desvios de recursos, atos ilícitos e que ferem a moralidade”, declarou.
A respeito do envolvimento de Téo Vilela na Operação Navalha, a assessoria disse que ele foi o primeiro governador que esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Ministério Público Federal (MPF) para esclarecer as denúncias. Ainda de acordo com a assessoria do governador, foram realizadas várias investigações sobre o esquema que apontou irregularidades em outras gestões e não na atual.