Motoristas bloqueiam saída do pátio do Cepa para cobrar pagamentos.
Motoristas de transporte escolar terceirizados pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) voltaram a protestar, nesta quarta-feira (2), no pátio do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada (CEPA). Eles alegam que estão há 4 meses com salários atrasados. Este é o terceiro ato realizado pelo grupo desde setembro.
Além dos motoristas de Maceió, motoristas de Arapiraca e de Palmeira dos Índios também participaram do ato no pátio do Cepa.
No dia 3 de setembro, eles bloquearam a saída do pátio do Cepa para cobrar o pagamento dos honorários. Um grupo de estudantes, ao perceber que ficaria sem transporte, bloqueou o trânsito da Avenida Fernandes Lima. Desde então, eles estão sem trabalhar.
A reportagem do G1 entrou em contato com a Seduc por email às 10h49 e aguarda um posicionamento sobre o assunto.
Alguns dias depois, a Polícia Federal deflagrou a Operação Casmurro, que investiga desvios de recursos dentro da Seduc, entre eles estão os contratos com a empresa Bioética, para a qual esses motoristas trabalham.
O segundo ato foi realizado no dia 24 de setembro. Depois do protesto, eles foram recebidos pelo Secretário de Educação, Luciano Barbosa, e um representante da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).
Segundo os motoristas, ficou acordado que eles receberiam em suas contas bancárias pessoais os valores relativos aos pagamentos de maio e junho até o final de setembro, e em outubro, o mês de julho. Mas até agora, nada aconteceu.
“A secretaria pediu nossa documentação pessoal, o número das contas para o depósito e uma declaração informando que prestamos serviço e o tempo em que trabalhamos. Corremos atrás, e ontem ficamos sabendo que infelizmente não há prazo para pagamento”, declarou o motorista Diego Gabino.
“Está muito complicado por que estamos precisando do dinheiro, as dívidas estão aumentando e como é que a gente vai fazer pra pagar as contas?”, desabafa o motorista.
Enquanto isso, parte dos alunos do Cepa e de outras localidades do interior do estado continuam sem transporte. Segundo a categoria, eles paralisaram as atividades há 1 mês em Maceió e cerca de 2 meses no interior.
