Com a exposição “Carnaval e Carnavais” a Casa do Penedo exibe desta segunda-feira (13) até o próximo dia 29, no Maceió Shopping, a partir das 15h, o cotidiano alegre do povo penedense nos carnavais do século XX até os dias de hoje. A instituição vai expor fotografias de seu acervo que remontam desde a inusitada chegada do Rei Momo em um avião, com pouso nas águas do Rio São Francisco, até as festas nos tradicionais clubes. A abertura oficial da exposição acontece nesta segunda, às 15h.
O presidente da Casa do Penedo, Francisco Sales, afirma que o resgate histórico dos foliões também estará presente na elegância das fantasias e dos blocos, no desfile dos carros alegóricos e na substituição do mela-mela pelo lança-perfume. Segundo ele, a Casa do Penedo destacará o saudoso milionário Jorge Barbeiro e sua batucada “Milionários do Samba” assim também como a Boneca Raquel, criada pelo cabo Vá, que completa 52 anos de tradição como símbolo do Carnaval penedense. A boneca é homenagem às operárias da antiga Fabrica de Tecidos do Barro Vermelho.
A exposição conta também com o registro das antigas marchinhas compostas por penedenses que animavam os foliões de outrora junto à Batucada Unidos do Bairro, ao Bloco Sulamita e à tradicional Lavagem do Beco da Preguiça. A festa momesca dos dias atuais não é menos animada que a do século passado e tem entre as atrações o Ovo da Madrugada, o Bloco da Saudade e outras que deixaram os muros dos clubes e enveredaram pelas ruas estreitas da histórica Penedo.
Sales ressaltou que a Casa do Penedo está completando 20 anos e essa exposição traz ao grande público a oportunidade de conhecer seu valioso acervo.
“São dezenas de painéis que contam histórias dos carnavais e fazem uma rápida alusão aos dias atuais. Chamamos a atenção para o ‘sereno’, quando o povo ficava à porta dos clubes assistindo à elite brincar, e fazemos uma ilação com a ‘pipoca’ de hoje”, destacou Sales, lembrando que o conteúdo ideológico explora carros alegóricos ricamente ornamentados e cheios de figurantes, mas guiados por um negro. “A elite desfila, mas é o negro que conduz os carros”, reforça.
