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Alagoas

Morte digna é tema de debate no Hospital Geral do Estado de Alagoas

A iniciativa faz parte de um projeto desenvolvido pelo Serviço de Psicologia e a Seção de Desenvolvimento de Pessoas

Um grupo de profissionais e acadêmicos de Psicologia se reuniu no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, para um debate sobre bioética e a morte dentro da unidade hospitalar. A iniciativa faz parte de um projeto desenvolvido pelo Serviço de Psicologia e a Seção de Desenvolvimento de Pessoas do maior hospital público de Alagoas.

Durante o debate foi evidenciado que a morte digna envolve questões sociais, políticas, econômicas e culturais, além das crenças, que está atrelada à parte religiosa. “Para uns é simplesmente estar com seus familiares, amparados de amor, proteção, carinho e cuidados, com direito a rituais de despedidas, proporcionados por amigos e familiares. Para outros, é estar amparado por uma instituição de saúde”, disse Maria Edilma Pereira, professora da Faculdade Maurício de Nassau.

Segundo a professora, neste caso, cabe ao Estado proporcionar o direito, ofertando condições necessárias de estrutura e de equipamentos, onde os profissionais das diversas áreas de saúde possam utilizar da tecnologia e do ensino científico para resolver os problemas de saúde e o prolongamento da vida. Ela também se reportou sobre a morte eminente, com os cuidados necessários para que o indivíduo não morra longe de seus familiares.

A professora lembrou que a ética deve está presente em todas as ações diárias e cotidianas das pessoas. “Todos os profissionais que trabalham com pessoas têm por obrigação ter a ética embutida em suas ações. Quando se fala, especificamente, dos estudantes e profissionais do HGE, hospital de urgência e emergência, que lidam com vários pacientes, é de fundamental importância não esquecer que precisamos nos colocar no lugar do outro e nos perguntar, ‘como eu queria ser tratado no momento da minha internação ou da minha morte?’.

As questões éticas devem surgir sempre que alguém precisa de cuidados. Cada profissional tem o seu próprio código de ética, muitas vezes nos pegamos meio que esquecidos dele. E isso não pode acontecer!”, concluiu Maria Edilma Pereira.

Tasmânia Quintela, coordenadora do Serviço de Psicologia do HGE, explicou que os temas antes discutidos em grupo, agora entram no currículo, como capacitações para profissionais e acadêmicos da área. O projeto inovador na área de Psicologia tem auxiliado os acadêmicos entre a prática do ensino e o serviço no HGE, além de incentivar a interação entre o grupo de estudantes e profissionais.