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Policial

Morte de empresário capixaba: mulher será trazida para Alagoas

Hornella Giurizatto, 33 anos, viúva do empresário capixaba Luiz Fernando Mattedi Tomazi, 41, assassinado no dia 14 de setembro, na entrada da Grota do Pau D’Arco, na Avenida Leste/Oeste, vai ser trazida para Maceió. Ela está no Centro de Detenção Provisória Feminino de Vila Velha, no Espírito Santo, após ser presa no sábado (09), na cidade de Colatina (ES) pela Polícia Federal, que cumpriu mandado de prisão expedido pelo juiz alagoano Geraldo Amorim.

O delegado Waldor Coimbra Lou, do 9º Distrito da Capital, informou que deverá viajar no próximo final de semana para escoltar Hornellas, acusada de planejar o crime. Segundo o delegado, a trama criminosa está totalmente esclarecida.

Hornella Giurizatto, de acordo com as investigações, junto com o sócio do empresário Emerson Raposo Coto, foram os responsáveis pela trama. O crime teria sido cometido para esconder um relacionamento que a mulher tinha com um cantor de rodeios com quem ela estaria gastando o dinheiro do marido.

Na segunda-feira (11), policiais civis, comandados pelo chefe de operações, do 9º DP, Themildo das Trevas, prenderam, em Arapiraca, Marcos Paulo da Silva, de 20 anos, o “Marquinhos”, suspeito de ser o matador de Luiz Fernando Mattedi Tomazi. Ele também teve a prisão decretada e estava escondido na casa de uma tia, no bairro Brasília.

Marcos Paulo confessou tudo, e confirmou ter sido contratado pela traficante Rosineide da Silva, a “Neidinha”, para executar o crime. Mas, aponta um outro homem identificado como “Binho” como sendo o autor do tiro que matou o empresário. “Binho” é o único envolvido no assassinato que permanece foragido.

“Neidinha”; o companheiro dela, Claudemilson Sátiro de Oliveira, o “Mota” ou “Matado”, e o sócio do empresário, Emerson Raposo, já haviam sido presos no sábado.

Themildo das Trevas revela que Hornella e Emerson já haviam tentado matar o empresário por duas vezes, em Maceió. “O Emerson é homossexual e tinha um romance com um traficante conhecido por La Martine, vizinho da Neidinha. E foi quem a apresentou a Hornella, e assim combinaram a execução”, acrescentou.

A polícia tomou conhecimento também de que Hornella teria tentado matar o marido outras duas vezes. “Ela já tinha tentado a primeira vez por envenenamento, no Espírito Santo. Outra vez foi em Maceió”, acrescentou.

O plano criminoso custaria quatro mil reais. “Neidinha” chegou a receber dois notebooks, uma filmadora, uma TV, além de jóias – avaliadas em R$ 300,00. A aliança do empresário foi arrancada na hora do crime e entregue, supostamente, a “Binho” como garantia de que eles receberiam mais dinheiro. O marido de “Neidinha’ teria recebido uma pistola Taurus, calibre 380, roubada do empresário em um assalto simulado por Hornellas, dias antes do assassinato.
Emerson Raposo contou ainda para a polícia que Luiz Fernando tinha muitos cartões de crédito, cada um com limite de R$ 17.500, e que Hornella havia estourado todos, gastando com o amante, o locutor de rodeio capixaba Rick Bahia.

O empresário, quando foi morto, estava no seu veículo, um Citroën de cor preta e placa MRA-6383/Colatina-ES. Ele foi levado para a Avenida Leste-Oeste, e morto na entrada para a Grota do Pau D’arco. A mulher, na ocasião, disse que crime aconteceu durante um assalto, versão desmentida pelas investigações policiais.