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Alagoas

Módulo de Segurança Máxima de Alagoas terá capacidade duplicada

Desde que foi inaugurado, em novembro de 2011, o Módulo de Segurança Máxima tem se mostrado um modelo eficaz para fazer a custódia de reeducandos. O prédio foi construído para abrigar presos perigosos e líderes de organizações criminosas que atuavam dentro das demais unidades prisionais. Agora, o módulo terá sua capacidade duplicada e funcionará como uma unidade prisional.

O projeto de ampliação já foi aprovado pelo Conselho Estadual de Segurança Pública, que já destinou R$ 3,6 milhões para a construção. “Além do segundo módulo que vai abrigar mais 96 presos, a unidade vai ganhar outras instalações, como área administrativa e de revista, uma guarita e duas barreiras de alambrados com concertinas e telas laminadas”, explicou o superintendente adjunto da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap), tenente-coronel Marcos Sérgio.

A obra levará 150 dias para ficar pronta. Com a construção do segundo módulo, a Sgap pretende juntar os dois prédios e montar uma nova unidade prisional, independente e com administração própria. A previsão é que o novo presídio seja inaugurado até novembro deste ano.

“Todo o sistema foi beneficiado com a inauguração do Módulo de Segurança. Conseguimos retirar vários presos perigosos das demais unidades prisionais. Isso contribuiu na redução de motins, rebeliões e tentativas de fugas. Outro fator importante: o agente penitenciário não tem contato direto com o preso”, explicou o diretor das Unidades Prisionais, Luciano Gonçalves.

Nenhuma Fuga

Após sete meses de funcionamento, o Módulo de Seguranças não registra nenhuma fuga ou rebelião. A capacidade total do módulo é de 96 vagas, abrigando atualmente 68 reeducandos, oito em cada cela. As demais vagas restantes servem como reserva para situações de emergência.

Além de não haver superlotação, o novo módulo dispõe de celas com isolamento térmico, o que garante uma redução de 15% da temperatura em seu interior. Os reeducandos têm direito a um banho de sol por dia, com duração de três horas. Para facilitar o controle de presos, os agentes liberam duas celas por vez.

Todo o trabalho de operacionalização tem sido feito por apenas 15 agentes, que se revezam em plantões, com três por dia. A vigilância é feita em plataformas aéreas, das quais os agentes controlam a água, a energia e abertura das portas, dispensando o contado direto com os presos.