Apesar das incertezas em relação à economia internacional, o Brasil tem condições de manter a geração de emprego e renda, disse ontem (13) a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Segundo ela, o dinamismo do mercado interno garantirá crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% este ano e de 5,5% em 2013.
De acordo com a ministra, o aumento recorde do salário mínimo em 2012 e as medidas de expansão do crédito e de incentivo à indústria acelerarão o crescimento da economia. Os efeitos das medidas de estímulo, no entanto, só serão sentidos a partir de julho. “A partir do segundo semestre, o crescimento da economia voltará a acelerar e, em 2013, será maior que neste ano”. Apesar disso, ela admitiu que as estimativas, inclusive de crescimento econômico, podem ser revistas durante a tramitação do Orçamento Geral da União no Congresso Nacional. “Em novembro, vamos fazer uma conferência e, se necessário, podemos ajustar os parâmetros”.
Segundo ela, a previsão de crescimento médio anual da economia até 2014 é 4,7%. “O Brasil está em condições de garantir uma trajetória de crescimento econômico sustentável”. Para Belchior, outras políticas econômicas asseguram que o país continuará crescendo em meio à crise econômica internacional. Além do fortalecimento do mercado interno, ela ressaltou que o país está menos dependente do exterior por causa do acúmulo de reservas internacionais e da diversificação de parceiros comerciais. Ela citou ainda a ampliação dos investimentos federais, principalmente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida.
Ela também destacou a solidez fiscal do país e reiterou que a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) de R$ 139,8 bilhões em 2012 R$ e de 155,9 bilhões em 2013 serão integralmente cumpridas, apesar do mecanismo que permite o abatimento de até R$ 45,2 bilhões de investimentos do PAC.