Encontro em Brasília reuniu ministro da saúde com secretários de saúde estaduais e municipais
O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, participou quarta-feira (19), em Brasília, da reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O encontro reuniu secretários de Saúde de 15 dos 16 estados em risco muito alto de enfrentar uma possível epidemia de dengue em 2011. Segundo Toledo, o objetivo consistiu em reforçar as ações de controle da doença e de preparação da rede de saúde para atendimento aos pacientes nos estados e municípios.
As ações integradas contemplam várias áreas para o enfrentamento da doença, como saúde, limpeza urbana, saneamento e abastecimento de água, educação, meio ambiente, etc., todas envolvendo os setores público, privado e organizações da sociedade civil. “Nossa estratégia está definida no Plano de Contingência, além da mobilização envolvendo diversos setores da sociedade, inclusive a população. Os detalhes serão apresentados em reunião com o Comitê de Mobilização da Dengue” explicou o secretário.
O ministro, Alexandre Padilha, falou sobre a importância do monitoramento da doença, que passará a ser on line. O sistema será alimentado por estados e municípios e poderá ser acompanhado em tempo real pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde – Ministérios e Secretarias Estaduais e Municipais. Serão utilizados mapas virtuais para mostrar a distribuição geográfica, indicando o município onde ocorreu o caso grave ou a morte por dengue.
O secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, acrescentou que a partir da implantação do sistema, o Ministério da Saúde fará monitoramento diário dos óbitos e semanal dos casos graves, em 70 municípios considerados prioritários no momento. “O acompanhamento minucioso nos permite identificar se houve problemas relacionados ao atendimento do paciente nas unidades de saúde”, explicou Jarbas Barbosa.
Ao todo, 70 municípios foram definidos com a aplicação do critério de densidade populacional, previsto na ferramenta Risco Dengue – que identificou ainda os 16 estados com risco muito alto de epidemia. O indicador de população foi utilizado nas 178 cidades com alto índice de infestação pelo mosquito transmissor, apontadas pelo Levantamento do Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em dezembro de 2010.