O Ministério Público ajuizou uma Ação Civil Pública contra a prefeitura de Feliz Deserto, localizado na região Sul do estado, devido à falta de transparência na concessão do fornecimento e tratamento de água à empresa Verde Alagoas.
A denúncia que originou essa ação foi feita em fevereiro de 2022 pelo vereador José Marcelo de Araújo Lessa Filho, conhecido como Marcelo Lessa. Desde então, ele vem buscando informações sobre o contrato firmado com a concessionária e os valores recebidos pelo município.
Marcelo Lessa destacou a falta de comunicação da prefeita Rosiana Beltrão sobre a concessão, que pegou os cidadãos e os vereadores de surpresa. Ele alegou que suas tentativas de obter informações foram sistematicamente ignoradas pela prefeitura.
Foi somente através do Ministério Público que Marcelo Lessa e a população foram informados de que o município havia recebido cerca de R$ 8 milhões pela concessão da água. No entanto, as explicações fornecidas pela prefeitura sobre a utilização desse montante não foram consideradas convincentes pelo promotor de justiça João Batista Santos Filho, que decidiu ajuizar a ação.
Além de esclarecer o destino do dinheiro recebido pela concessão, a ação busca melhorias nos serviços oferecidos pela empresa. Segundo o vereador, desde que a Verde Alagoas começou a operar, a qualidade da água piorou, causando problemas de saúde na população e interrupções frequentes no abastecimento.
A Ação Civil Pública, movida pela Promotoria de Piaçabuçu, exige que a Justiça cite a prefeita Rosiana Beltrão e obrigue a prefeitura de Feliz Deserto a realizar melhorias nos serviços e a atualizar diariamente o portal da transparência, que atualmente está inoperante. Além disso, a prefeitura tem um prazo de 20 dias para fornecer todas as informações solicitadas pelo vereador Marcelo Lessa.
A reportagem buscou um posicionamento oficial da prefeitura de Feliz Deserto, porém não obteve resposta. O espaço está aberto caso o Município deseje fazer algum esclarecimento.