Mesmo após o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) ter autorizado o reajuste salarial de 7% em única parcela retroativa a maio, os sindicatos mantiveram a manifestação prevista para esta quarta-feira, 01, e saíram em protesto pelas ruas do centro de Maceió. Os servidores chegaram a realizar uma assembléia na Praça Marechal Deodoro, onde debateram a proposta do governador e resolveram, no primeiro momento, não aceitar.
Algumas categorias já se manifestaram e declararam que só aceitam a proposta mediante o reajuste de mais 7% em janeiro de 2012, totalizando assim 14%. Faixas, apitos e até um caixão com um boneco parecido com o governador foi levado durante a manifestação. Os servidores cobram do governo mais respeito e que as outras reivindicações sejam analisadas, lembrando que não é só reajuste salarial que o funcionalismo reivindica.
Tumulto na praça em frente à Assembleia Legislativa
Após percorrer algumas ruas do Centro de Maceió e estender fardas de policiais militares em varais improvisados, a manifestação que atraiu milhares de servidores seguiu em direção a Assembléia Legislativa de Alagoas. Lá, os manifestantes acabaram perdendo o controle e começaram derrubar algumas grades da Praça Dom Pedro II, deixando um rastro de destruição no local. A polícia foi acionada para evitar que os manifestantes invadissem o prédio.
Para o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de Alagoas (Assomal), Major Wellington Fragoso, a proposta do governador não corresponde à defasagem salarial do funcionalismo público estadual que há muito tempo não tem reajuste. Ainda de acordo com o Major Fragoso, uma nova assembleia será marcada para a próxima semana para discutir com mais tranqüilidade a proposta.
Para o Sindicato dos Agentes Penitenciários, os 7% são irrisórios e por isso não será aceito, uma vez que eles reivindicam um piso salarial de R$ 3 mil. Os policiais civis, por sua vez, reivindicam um reajuste salarial que tenha como base o salário de uma delegado.