os participantes entregaram as suas propostas e a comissão fará a primeira análise obrigatória
A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), através do Departamento de Alimentação Escolar (DAE), promoveu na manhã desta segunda-feira (22), o primeiro chamamento público deste ano para a compra de alimentos da Agricultura Familiar, os quais serão destinados à merenda escolar das unidades de ensino durante todo o ano de 2019. A primeira etapa dessa licitação foi realizada na sala de reuniões da Seduc, onde representantes de cerca de 15 cooperativas de agricultura familiar entregaram as suas propostas.
O DAE coordena todo o processo através de uma comissão composta pela advogada Gabrielle Silva Santos, a nutricionista Esteli Mendonça Barreto; o representante do setor de distribuição, Diego Reis, e o advogado Bruno Vinícius, que preside a comissão. De acordo com a diretora do DAE, Edneia Elisabete Cardoso Sobral, esse chamamento público é direcionado aos fornecedores da agricultura familiar, que têm de obedecer aos critérios da licitação. Os agricultores precisam ter normalizada a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP/Pronaf).
Produtos
Nesse primeiro dia, os participantes entregaram as suas propostas e a comissão fará a primeira análise obrigatória de alguns produtos específicos, como massa de milho, feijão e iogurte. Ao todo, o chamamento prevê o fornecimento de 14 produtos alimentícios, como verduras, legumes, raízes, iogurte, flocos de milho, feijão, entre outros. A divulgação do resultado está prevista para a próxima sexta-feira (26), e quem apresentar o valor mais baixo e com qualidade vencerá.
Além das nutricionistas do DAE, a comissão conta com a participação do Núcleo de Promoção e Qualidade, formado por órgãos de controle que são chamados para fazer a análise: ITPS, Vigilância Sanitária e Emdagro.
“Esse processo tem vários pontos positivos, como geração de mais emprego e renda para os agricultores, fixação do homem ao campo; e para os alunos, uma alimentação de boa qualidade, sendo alguns alimentos com pouquíssimo agrotóxico e outros cem por cento orgânicos”, disse Edneia Sobral.
Incentivo ao agricultor e alimentação saudável
O processo de chamamento promove uma alimentação escolar mais saudável para os alunos e incentiva o agricultor. Foi o que afirmou a nutricionista Esteli Mendonça. “Além da inclusão dos agricultores familiares na composição do nosso cardápio da merenda escolar, é importante porque teremos gêneros in natura que deixarão a alimentação mais rica. O FNDE exige que o Estado compre pelo menos trinta por cento dos gêneros da agricultura familiar, e nós procuramos comprar além disso, incluindo novos gêneros, deixando a alimentação escolar mais rica”, declarou.
A mesma opinião foi compartilhada pela advogada Gabrielle Silva Santos. “A gente fomenta a economia do nosso Estado, dando essa possibilidade só para os agricultores participarem. Assim a gente adquire produtos com melhor qualidade”, disse.
O agricultor José Aldemir dos Santos participou da primeira fase do chamamento. Ele disse que é de grande importância participar desse processo de aquisição de alimentos. “Organiza os trabalhadores rurais e as instituições individuais e coletivas dos agricultores. Nessa perspectiva, ajuda a produzir alimentos mais saudáveis, sem usar agrotóxicos, e isso acaba gerando mais saúde para os alunos”, afirmou ele, que é agricultor em Estância.
Quem também esteve no chamamento foi o agricultor Natalino da Silva Santos, de Japaratuba. “A gente consegue agregar valor ao nosso produto e com isso escoar a produção dos nossos cooperados, gerar renda e oportunidades dentro da nossa comunidade, além de fornecer alimentos saudáveis para as crianças do estado”, disse.
