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Maceió

Menestrel das Alagoas é lembrado nos 30 anos da Lei de Anistia

Menestrel das Alagoas, Teotônio Brandão Vilela

“Nesses 30 anos de anistia política no Brasil, a Nação já deu passos importantes para consolidar a democracia”, disse a superintendente da Fundação Teotônio Vilela, Janice Vilela, lembrando que essa realidade foi construída com a “ira santa” e a “fúria pacífica” do Menestrel das Alagoas, Teotônio Brandão Vilela. “Sem ele seria impossível escrever essa história”, reforça, para lembrar hoje, 28 de agosto de 2009, os 30 anos da promulgação da Lei de Anistia Política no Brasil.

Zeladora de todo o acervo ideário do senador Teotônio Brandão Vilela, seu pai, Janice Vilela afirma que a cruzada cívica do Menestrel por um Brasil Cidadão foi decisiva na reconstrução da liberdade política no País. “O senador Teotônio não foi às ruas apenas para libertar os presos da ditadura militar, ele foi às ruas para exigir cidadania e mobilizar a sociedade a formar com ele um exército pacífico em defesa da paz”, enfatiza.

Segundo Janice, a Fundação Teotônio Vilela tem como missão, além de cuidar do acervo deixado pelo seu pai, “principalmente manter vivo o ideário dele, de que não estamos aqui para sermos expectadores de uma realidade, mas para sermos operários na construção dessa realidade”, salienta a superintendente. “A Fundação tem buscado incentivar a escola a debater e a estimular no aluno, desde criança, a consciência cívica e patriótica que devemos ter para com o nosso Estado, o nosso Brasil”, acrescenta.

Janice chama a atenção para a responsabilidade social que cada um brasileiro, cada alagoano, deve ter. “Há neste Brasil de hoje uma busca por cidadania como houve no Brasil que Teotônio desbravou, encontrando em cada canto, uma Pátria a necessitar de liberdade, de paz, de consciência e de coragem cívica”, diz Janice. “Ainda temos muito que construir nesta Nação, trabalhando pelo fim da corrupção, contra o analfabetismo, a mortalidade infantil, a criminalidade e a pobreza; onde cada brasileiro exerça o seu papel com responsabilidade social”, reforça a superintendente.

REFLEXÃO – “Trinta anos da existência de uma lei que determina liberdade, a nossa fundação sugere que todos nós, alagoanos e brasileiros, nos permitamos à uma reflexão sobre o nosso papel como cidadão na construção do país e do nosso Estado, na responsabilidade que temos como profissionais, mães e pais, educadores, líderes; que possamos refletir sobre a luta de Teotônio e de tantos outros pela cidadania em nosso Brasil, que essa luta não se perca no tempo e na busca fácil de poder e de acomodações”, convoca. “É importante assumir posições em defesa da democracia, do bem estar coletivo e do avanço social e econômico do Brasil e de Alagoas”, assinala Janice.