A intervenção da Secretaria de Estado da Saúde no caos generalizado da Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, foi fundamental no início da tarde desta segunda-feira (25), dia em que todos os cirurgiões da UE pediram demissão em massa, causando um verdadeiro inferno nos corredores do maior centro de urgências do interior de Alagoas.
A Unidade de Emergência de Arapiraca recebe uma grande quantidade de pacientes durante o final de semana e, há alguns meses já vinha dando sinal de que o pior poderia acontecer, já que a cada final de semana tornava-se humanamente impossível para os médicos atenderem a gigantesca demanda, ocasionada pela entrada de pacientes de todo o sertão e agreste, além de inúmeros casos registrados no Baixo São Francisco e também encaminhados à Arapiraca.
A decisão dos médicos de assumirem uma demissão coletiva aconteceu diante de acordos não cumpridos. O fato gerou uma bola de neve com a paralisação dos atendimentos de urgência e emergência, deixando sem atendimento médico os pacientes que já estavam na Unidade, e praticamente inviabilizando a entrada de novos pacientes na UE.
Já no início da manhã um verdadeiro tumulto tomou conta da UE, quando familiares dos pacientes entraram em desespero diante do sofrimento de seus entes. A polícia militar teve que ser acionada para conter os ânimos e controlar a triste situação que a demissão coletiva dos profissionais médicos ocasionou na unidade.
Dezenas de vítimas de traumas ocasionados por acidentes automobilísticos, arma branca e arma de fogo, agonizavam a espera de atendimento médico que parecia não chegar. O Governo de Alagoas através da Secretaria de Estado da Saúde procurou amenizar o problema na UE do Agreste, enviando três cirurgiões para atender aos pacientes.
Os médicos chegaram a Arapiraca de helicóptero sendo entendida a forma emergencial da situação. Não foi informado à imprensa se esses profissionais irão render os trabalhos dos companheiros até que sejam sanados os problemas e um acordo possa restabelecer a ordem na UE.