Médicos que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF) em Penedo podem entrar em greve. A possibilidade será discutida durante assembléia prevista para começar as 17 horas desta terça-feira, 11, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem).
Além da insatisfação com o corte de 30% sobre a gratificação que todos os profissionais de saúde (médicos, dentistas e enfermeiros) do PSF recebem, a categoria cobra melhores condições de trabalho, retorno do sobreaviso para cirurgião e anestesista – especialistas indispensáveis ao atendimento disponível na Unidade de Emergência de Penedo – e melhores condições de trabalho.
As reivindicações já foram encaminhadas ao prefeito Israel Saldanha (DEM) através de representantes do Sindspem e do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Alagoas). As negociações realizadas em datas distintas tiveram a mesma resposta, a impossibilidade de atender o pleito. De acordo com Saldanha, a crise financeira na prefeitura impede o atendimento da pauta que considera justa.
O prefeito também alega que o município gasta cerca de R$ 280 mil por mês para manter apenas a Unidade de Emergência de Penedo, e não com toda a estrutura de saúde pública, como informado anteriormente. A despesa com o pronto socorro e as unidades do PSF estão acima da receita para manter os serviços.
Das 20 equipes do PSF distribuídas no município no ano passado, pelo menos quatro já estão sem médico, todos contratados, os primeiros atingidos por corte na remuneração. Como existem apenas seis médicos concursados nos quadros do PSF e os demais contratados estão procurando alternativas mais rentáveis, a perspectiva não é das melhores para a manutenção do serviço essencial em Penedo.